terça-feira, 3 de junho de 2008

Sobra dinheiro no Dnit enquanto BR-163 está abandonada

Paulo Leandro Leal
Ecoamazônia

O Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes (Dnit) conseguiu empenhar cerca de um bilhão de reais dos mais de seis bilhões disponíveis no orçamento deste ano. Enquanto sobra dinheiro no órgão, na Rodovia Santarém-Cuiabá, a BR-163, atoleiros quilométricos, pontes velhas, poeira e trechos de asfalto esburacados formam o cenário de abandono.
O próprio diretor do Dnit, Luís Antonio Pagot, reconheceu durante um evento no Maranhão, na semana passada, que o órgão não está conseguindo empenhar os recursos disponíveis para as rodovias. Um dos principais problemas é a falta de projetos viáveis, além da dificuldade do licenciamento ambiental.
No caso da BR-163, o Dnit não liberou ainda recursos para a conservação do trecho sem asfalto, onde surgem os atoleiros e o tráfego fica praticamente interrompido no inverno. Segundo o 8º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), com sede em Santarém, o dinheiro precisaria ser liberado em maio para que houvesse tempo para um bom trabalho de recuperação da estrada no verão.
Até o momento, para o trecho entre Santarém e Rurópolis, o Dnit liberou cerca de dois milhões dos mais de 11 solicitados para a conservação somente do trecho de 100 quilômetros asfaltados. O dinheiro não será suficiente para recuperar os trechos onde os buracos já tomaram conta da pista.
No começo de maio, Pagot anunciou que até o final do mês o governo lançaria os editais de licitação para as obras de pavimentação de trechos da rodovia, mas até o momento nenhum edital foi publicado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sr Editor
Apesar de nova, o teor da noticia continua velho e demasiadamente batido. Talvez como sugestão seria mais interessante se fazer um histórico desde quando se começou a falar em asfaltar a BR163 e registrar como memórias. O jornal e o blog tem se firmado com constantes páginas e notas a respeito de memórias de Santarém, e poderia ser incluida esse tema relacionado a asfaltamento/licitações/liberação de verbas/visitas oficiais de autoridades/exposição de indigñações dessas mesmas autoridades/ enfim expondo esse arquivo teremos um caderno inteiro e bem recheado de notas com as promessas de politicos descompromissados com a verdade. Independente de côr partidária são todos farinha de um mesmo saco que para os que vivem o flagelo de habitarem ao longo dela, não se trata de um saco de risadas. É de choro e de ranger de dentes.
Se mentira e promessa de politicos de qualquer escalão fosse crime, com certeza não haveria cadeias para abrigo de tantos.

Antenor Giovannini