Por Raimundo Pinto:
O presidente da Alcoa para América Latina e Caribe, Franklin Feder, garantiu nesta sexta-feira (4) que a intenção da empresa, que até o final do ano deve iniciar a produção de bauxita em Juruti, no oeste do Pará, continua sendo a de chegar uma redução de alumínio no Estado. Mas ressaltou que é preciso ainda vencer algumas etapas, como a garantia de energia firme, já que a indústria de alumínio é grande consumidora de energia elétrica.
Ao comandar esta manhã a entrega de ajuda financeira a três instituições de Belém, Feder informou que uma pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que 89% da população de Juruti está satisfeita com projeto Mina de Juruti. Franklin Feder disse que o fato da Alcoa ter feito um investimento pesado em infra-estrutura em Juruti, com a implantação de porto, ferrovia e toda uma estação de beneficiamento para 2,6 milhões de toneladas anuais de bauxita, mostra que seu planejamento inclui a ampliação de sua estrutura.
Num primeiro momento, ele afirmou que o esforço será para expandir o volume de produção de bauxita. O segundo momento seria fazer o beneficiamento da bauxita. “Eu sempre tenho dito que as melhores refinarias de bauxita do mundo que produzem alumina, sempre estão localizadas muito próximo às jazidas. E o terceiro passo, dependendo de decisões do governo brasileiro e estadual de buscar novos aproveitamentos hidroelétricos aqui no Pará, seria colocar uma redução de alumínio no estado. Mas esses não são investimentos pequenos e nem se implantam a curto prazo. Somente a implantação da mina leva três anos. Para se construir uma hidroelétrica são cinco anos. Mas a nossa intenção é seguir este caminho”, afirmou.
O dirigente da Alcoa disse ainda que a empresa está acompanhando os movimentos para a implantação de novos empreendimento hidroelétricos, como os de Belo Monte e de São Luís, no Tapajós. “Desculpem o trocadilho, mas muita água ainda tem que correr antes da implantação desses projetos. Do ponto de vista da Alcoa, só iremos participar desses projetos, se forem executados de forma responsável, tanto ambiental como socialmente. E temos certeza que o governo brasileiro fará dessa maneira”, disse Feder.
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