O comitê santareno de combate à corrupção eleitoral, iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Igreja Católica, durante entrevista concedida a imprensa garantiu que a compra de votos será veementemente combatida, assim como o uso da máquina pública para promover campanhas neste período.Além disso, será fiscalizada também, qualquer forma de pressão dos candidatos sob os eleitores, tais como a troca de votos por empregos, objetos e promessas consideradas infundáveis diante dos cargos pleiteados. O comitê arrecada até o mês de agosto assinaturas a fim de aprovar projeto de lei que veda a candidatura de políticos processados.
"A sociedade pode ter certeza que em parceria dela, nós estaremos fiscalizando toda e qualquer atitude suspeita, sendo ela, primeiramente apurada e depois denunciada ao Ministério Público do Estado. Umas das questões que daremos ênfase é a compra de voto, posto que a campanha deste pleito traz o lema: "Voto não tem preço,têm conseqüências", explica Dom Esmeraldo Barreto Farias , bispo da Diocese de Santarém elencando as situações em que o comitê deverá agir. "Assim que presenciarmos ou tivermos provas que algum candidato esteja forçando ou prometendo coisas infundáveis iremos aprecia-las e com base nisso, analisaremos também até que ponto a estrutura pública está sendo utilizada como palco de campanha. Isso não pode acontecer", garante a liderança maior da igreja católica da Diocese de Santarém.
Candidato processado
Além disso, o Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) vai investir em formação interna sobre o Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a Vida Pregressa dos Candidatos e na organização de uma primeira mobilização nacional. Com o nome Campanha Ficha Limpa, a nova ação do MCCE pretende levar o PL ao Congresso Nacional depois de coletar um milhão e trezentos mil assinaturas.
"Muitos políticos foram condenados em primeira instância ou respondem a denúncias recebidas por tribunais em virtude de fatos gravíssimos e isso não impede, pela legislação atual, que eles sejam candidatos. Hoje, só os que já foram condenados em definitivo ficam impedidos de participar das eleições como candidatos, o que é muito pouco, pois os processos penais duram muitos anos para chegar ao fim" explica Dom Esmeraldo.
A presidente em Santarém da OAB, Ana Calderaro, destacou durante a coletiva a importância do trabalho do comitê de combate a corrupção eleitoral. De acordo com ela a ação diminuiu as incidências de compra de votos nos anos passados. "A cada ano o trabalho vem se ampliando e ganhando mais espaço. As pessoas estão mais conscientes", ressaltou a presidente da OAB/Santarém.
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