sábado, 12 de julho de 2008

Erros da comunicação na tragédia dos bebês

Ronaldo Brasiliense

Na cobertura de um suposto massacre indígena na aldeia yanomami Haximu - seriam 14 mortos - em Roraima, no início dos anos 90, pela ISTOÉ, o então presidente da Fundação Nacional do Índio (FUnai), Claudio Romero, convocou entrevista coletiva para afirmar categórico: - "Não houve 14 mortos. Foram apenas seis." Romero foi sumariamente demitido pelo seu desastrado "apenas".
Lembro o episódio para chegar aos nossos dias, nessa tragédia com a morte de bebês na Santa Casa de Misericórdia do Pará. Há um festival de declarações estapafúrdias, como a da secretária de Saúde Laura Rosseti, notas oficiais mais desastradas ainda, como as páginas do governo Ana Júla, e todo mundo jogando a culpa nos outros.
Nem parece que o fato mais grave - a morte dos recém-nascidos - é que está em questão e precisa ser solucionado, no curto prazo, para que não haja mais mortes.O resto é armazém de secos e molhados.

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