quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Inquérito sobre agressão em Altamira está parado

No Amazônia:

O inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar o episódio em que índios ligados ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) agrediram um engenheiro da Eletrobrás, em Altamira, está em banho-maria. As investigações estão paradas porque, até hoje, mais de dois meses após a agressão sofrida pelo engenheiro Paulo Fernando Vieira Souto Resende, a Fundação Nacional do Índio (Funai) não indicou um antropólogo para elaborar um laudo solicitado pela PF, para verificar se o uso de facões faz parte da cultura dos índios caiapós, responsáveis pela agressão.
Segundo informações do delegado Eduardo Jorge, que conduz as investigações, a Polícia Federal solicitou à Funai que indicasse um pesquisador para que fosse elaborado um laudo antropólogo, que confirmasse ou não que os caiapós têm o facão como parte de sua cultura. 'O inquérito está parado aguardando que a Funai indique este antropólogo', informou, acrescentando que a fundação alega que não possui em seus quadros nenhuma pessoa especialista em cultura caiapó.
A agressão aconteceu no dia 20 de maio, despertando imediata reação da opinião pública mundial. A PF abriu inquérito para apurar o incidente e descobriu que as entidades organizadoras do evento, lideradas pelo Cimi, haviam comprado os facões usados pelos índios na agressão.

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