segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Casos de malária reduzem 28% este ano

Alessandra Branches
Repórter


O número de casos de malária nos municípios que compõem o 9° Centro Regional de Saúde da Secretaria de Estado e Saúde Pública do Estado do Pará -SESPA- diminuiu 28% se comparado ao mesmo período de 2007 que registrou 18.973 casos. De janeiro a outubro deste ano foram diagnosticados 13.499 casos, sendo o município de Itaituba o que mais detectou exames positivos, com 4.462. Santarém teve redução de mais de 30% e está entre as cidades que estão com a menor Incidência Parasitória Anual (IPA), isto é, risco de contrair malária.
"A verdade é que Santarém é município-pólo e recebe pacientes de diversas cidades da região em busca de tratamento, sendo estas incluídas nas estatísticas de Santarém, já que os exames são feitos e diagnosticados aqui", conta o chefe da Divisão de Endemias do 9° Centro Regional de Saúde, Evaldo Maia, acrescentando que a redução do número de casos em Santarém e região é devido ao trabalho dos agentes de endemias e a conscientização da população. "Devemos isso a intensificação dos trabalhos desenvolvidos com apoio do Governo do Estado que estão colaborando para a redução dos números de casos de malária na região oeste do Pará. Contudo, nos municípios em que a incidência aumentou, tais como Faro, Almerim e Placas atribuímos a eles questões sazonais, isto é, período de estiagem, onde a possibilidade de contrair a doença é maior, entretanto, não deixamos de dar ênfase no combate a doença", explicou Maia.
A malária é uma das mais importantes doenças tropicais do mundo e apresenta-se bastante difundida no mundo. Essa doença caracteriza-se por desencadear acessos periódicos de febres intensas que debilitam profundamente o doente. A malária provoca lesões no fígado, no baço e em outros órgãos, além de anemia profunda devido à destruição maciça dos glóbulos vermelhos que são utilizados pelo Plasmodium para reproduzir-se e podem levar a morte.
Os transmissores da doença são mosquitos do gênero Anopheles, como a espécie Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi. Só as fêmeas destes mosquitos é que transmitem tal doença, pois são hematófagas. Os machos sugam apenas seiva vegetal. As fêmeas colocam ovos em águas acumuladas entre as folhas de plantas epifíticas, principalmente das bromélias. No entanto, podem utilizar a água acumulada em vasos, latas e pneus velhos. As larvas completam o seu ciclo na água.
Prevenção
Drenando-se valas e banhados, as fêmeas dos mosquitos não terão mais locais apropriados para a postura; A criação de peixes larvófagos, isto é, que se alimentam de larvas dos mosquitos, produz bons resultados; O uso de repelentes e a utilização de tela nas janelas impedem que os mosquitos se aproximem do homem;
Evitar o acúmulo de pneus velhos, latas, vasos e outros recipientes que armazenam água, possibilitando a reprodução do mosquito. Certas árvores, como o eucalipto pode ser usado como plantas drenadoras, porque absorvem muita água do solo. Não havendo água estagnada, as fêmeas dos mosquitos não terão local adequado para a postura.
Finalmente, a educação sanitária e o tratamento medicamentoso (alcalóides) dos enfermos são medidas indispensáveis.
Ainda não há vacina contra a malária.

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