Fiscais do Ibama reagiram anteontem (1) contra o ataque de um motorista de caminhão madeireiro armado com um facão, efetuando um disparo na perna do agressor, perto da Flona do Jamanxim, próximo à BR 163, no oeste do Pará. Logo após a ocorrência, os servidores entraram em contato com o coordenador da Base Operativa do Ibama em Novo Progresso, o chefe da fiscalização em Santarém, Marcus Bistene, e o chefe da fiscalização no Pará, Leandro Aranha, que
acompanham o caso desde então.
Segundo Leandro Aranha, dois fiscais do Ibama na base operativa de Novo Progresso estavam num ramal perto do Rio Jamanxim, sem policiais os acompanhando, quando depararam-se com dois caminhões carregados com madeira em toras, possivelmente retiradas do interior da Flona do Jamanxim. "Em operação de rotina, os fiscais solicitaram aos caminhoneiros as Guias Florestais, verificando que a carga era conduzida sem a documentação obrigatória", informa Leandro, observando que, após a verificação, os agentes pediram aos motoristas para conduzirem os caminhões para a base.
"O relato de um dos fiscais aponta que, na primeira área alagada da estrada, o motorista do primeiro caminhão atolou o veículo intencionalmente, quando os dois motoristas saltaram dos caminhões e um deles passou por trás do veículo, de onde surgiu a dois metros de
um dos servidores, atacando-o com um facão", diz o chefe da fiscalização. Ele complementa que, "nesse momento, para se proteger, o agente de fiscalização sacou o revólver calibre 38 institucional do Ibama, deu dois passos para trás e efetuou um disparo na direção das pernas do motorista, que avançava com o facão", conta Aranha.
Ainda de acordo com Leandro, enquanto os fiscais falavam para o baleado ficar calmo, pois estavam providenciando socorro e o levariam ao hospital, o outro motorista empurrou o fiscal que estava com a arma e fugiu com o ferido para dentro da mata, levando o facão. Aranha
conta que, após o ocorrido, os fiscais envolvidos procuraram a Delegacia de Polícia de Novo Progresso para registrar a ocorrência.
"Todos os procedimentos legais em caso de ferimento a bala foram tomados tanto pelo Ibama como pela Polícia Civil", alerta. O chefe da fiscalização no Pará lembra ainda que os fiscais que atuam em operações na região trabalham sob constante ameaça, mas, mesmo assim, é muito raro efetuarem disparos, "apenas quando sua vida encontra-se seriamente ameaçada".
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