O Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pediram à Justiça que autorize com urgência a comunidade quilombola do Arapemã, em Santarém, no oeste Pará, a deslocar-se para uma região mais central de seu território tradicional, na ilha onde vive. O objetivo é garantir a sobrevivência das famílias, comprometida devido ao fenômeno das “terras caídas” - o desmoronamento de terras às margens do rio Amazonas, levadas pela correnteza.
De acordo com estudos do MPF e Incra, a chegada da estação das cheias, que vai de dezembro a março, pode tornar insustentável a vida da comunidade porque, além de as águas reduzirem o terreno do plantio, a correnteza pode destruir as moradias. Segundo informações do Incra, dezenove casas estão seriamente ameaçadas.
“Os remanescentes quilombolas praticamente 'se equilibram' às margens do rio Amazonas, agarrados simplesmente à esperança de conseguir despertar intactos no outro dia”, alerta a ação civil pública.(Fonte: MPF)
Nenhum comentário:
Postar um comentário