Lúcio Flávio Pinto( Memória do Cotidiano)
Henry Ford II nunca foi ao Tapajós ver com seus próprios olhos o plantio de seringueiras formado por seu pai, o fundador da indústria automobilística que virou símbolo do capitalismo no mundo. Mas em 1944 o filho do magnata americano foi reconduzido à presidência da Companhia Ford Industrial do Brasil, juntamente com Kristian Orberg (diretor-gerente), Archibald Johnston, seu substituto nas ausências ou impedimentos, e HB J. Craig e R. I. Roberge, diretores. O único brasileiro que participava da diretoria era Edmar Jovita. Os outros brasileiros da cúpula da Ford, que tinha sua sede em Belém em um dos casarões da rua Gaspar Viana, estavam no conselho fiscal: Jovelino Coimbra, Rodrigo Lira de Azevedo, João Ribeiro da Silva e Luiz Dib-Doce, suplente. Foi o último ano de integral atuação da empresa no Pará. Em 1945 ela venderia sua propriedade de um milhão de hectares, em Fordlândia e Belterra, ao governo federal. E desistiria de vez de extrair borracha para suas necessidades na Amazônia, por ironia da natureza a terra nativa da Hévea Brasiliensis. Passou a suprir-se no Oriente, através de terceiros.
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