sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Vereadores desistem de trabalhar apenas duas vezes por semana

Da Redação:

O vereador Emir Aguiar, presidente em exercício da Câmara Municipal de Santarém, informou a O Estado do Tapajós que o projeto que previa as reuniões do legislativo apenas duas vezes por semana durante o período eleitoral nem precisou ser levado a plenário. Antes mesmo de ser votado, a mesa diretora optou por arquiva-lo, temendo uma reação negativa da população.
"O sistema que diminuía o número de reuniões na Câmara durante o período eleitoral não é uma idéia de agora, nem nossa, mas vinha sendo utilizada tradicionalmente durante os períodos eleitorais anteriores. Eu particularmente sou contra. E fico satisfeito ao ver a Câmara atuando normalmente nas segundas, terças e quartas-feiras como estamos acostumados, e os demais pares também tiveram esta percepção provando mais uma vez a soberania do plenário que decidiu pela continuidade dos trabalhos da forma como já vem sendo feita normalmente pelo legislativo".
Já o prefeito José Maria Tapajós não quis entrar na polêmica, apesar de também ser um vereador e, atual, presidente do legislativo, afastado momentaneamente para assumir a prefeitura interinamente: "Esta é uma decisão que a Câmara teve a tem autonomia para decidir, acredito que eles optaram pelo melhor para o trabalho do legislativo", afirmou José Maria Tapajós.
Nas ruas de Santarém e antes mesmo do projeto ser rejeitado pelos vereadores a população já mostrava sua indignação, principalmente, quando comparavam a carga horária dos vereadores com a carga horária que o trabalhador comum tem que cumprir para garantir o salário mínimo, hoje estabelecido em R$ 465.
"Eu não concordo com este tipo de idéia de jeito nenhum, se é para trabalhar só dois dias seria melhor então que eles ficassem em casa direito, mesmo nos dias em que vão, trabalham pouco, imagine com uma redução desta?", critica Rui Moura.
"Não tem cabimento com o salário que eles recebem ainda tentar diminuir os dias de trabalho. Eles só dois dias e o trabalhador comum tendo que encarar o batente a semana toda? Isso não é justo", afirma Humberto Silva.

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