Ano passado, depois de uma pífia campanha no primeiro turno, onde não ganhou de ninguém, o São Raimundo virou a sensação no segundo turno, ficando em quarto lugar, e veio para Belém disputar o jogo-extra com o Remo. O empate de 1 a 1, que beneficiou os azulinos, acabou com o sonhos da Pantera, na época dirigida pelo técnico Carpegiani Sarmento, de chegar à final. Mas ficou a certeza do dever cumprido e a promessa de que ano seguinte o São Raimundo seria muito diferente.
É justamente isso que está acontecendo. Hoje o campeonato ganhou novo colorido por causa dos santarenos que virararam a competição do avesso, colocando em xeque o poder dos grandes Remo e Paysandu. Prova disso é que depois de decidir o primeiro turno com o Paysandu, a equipe está novamente no páreo para disputar o segundo. Para isso basta ter dois resultados iguais com o Remo.
São apenas quatro derrotas em 18 jogos. Uma boa marca para um time do interior, cuja força está na união do plantel comandado pelo técnico Válter Lima, um estudioso do futebol. Com ele a Pantera deu uma forte guinada na sua história recuperando a autoestima do torcedor santareno, que lota do estádio Colosso do Tapajós, proporcionando ao clube a melhor média de público e renda no segundo turno. Compenetrado no trabalho, Lima é muito exigente junto com o elenco. Por sua determinação, o elenco ganhou como moradia a cidade de Belterra, cerca de 55 km de Santarém, onde pode trabalhar à vontade, como Válter Lima costuma dizer.
(Amazônia)
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