Em tratamento contra um câncer no sistema linfático, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, embarcou na noite de segunda-feira (18/5) de Brasília para São Paulo num jatinho da Amil, plano de saúde ao qual é associada. Sofrendo de dores “lancinantes” em uma das pernas, a ministra foi se consultar com os médicos do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, que cuidam dela há cerca de um mês e meio, quando foi identificado um nódulo debaixo da axila de seu braço esquerdo. O nódulo já foi retirado, mas Dilma enfrenta desde então um tratamento que continuará, pelo menos, nos próximos quatro meses.
Dilma será submetida a uma uma bateria de exames, para que a equipe médica possa fazer o diagnóstico e identificar se as dores na perna são uma reação à quimioterapia. Os médicos - Dr. Roberto Kalil (cardiologista), Dra. Yana Novis (hematologista), Dr. Paulo Hoff (oncologista) e Dr. Davi Uip (infectologista) - só definirão o tratamento após os exames.
Escolhida por Lula para representá-lo na próxima corrida presidencial, a “mãe do PAC” cumpria agenda normalmente no Centro Cultural Banco do Brasil quando sentiu a dor, por volta do meio-dia. Nas horas seguintes, a dor aumentou, obrigando-a a deixar o CCBB, no meio da tarde, para tomar uma injeção prescrita pela equipe médica do Sírio-Libanês.
Como a medicação não surtiu o efeito desejado, a ministra viajou para São Paulo. Desde o anúncio público do tratamento contra o câncer, Dilma já enfrentou duas sessões de quimioterapia. A segunda foi realizada na quinta-feira da semana passada. Em entrevista ao Correio publicada em 10 de maio, ela se mostrou confiante em superar o problema de saúde. “Tenho certeza de que vou vencer (o inimigo)”, declarou.
Dilma passou o dia no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, no gabinete em que vem trabalhando desde o início da reforma no Palácio do Planalto. À tarde, ela se encontrou com o presidente interino José Alencar, o ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A ministra só deixou o local às 18 horas. Na portaria, disse que não daria entrevistas por ter compromissos, sem dar detalhes. Seguiu então para o Hospital das Forças Armadas, onde recebeu analgésicos.
À noite, quando Dilma estava a caminho de São Paulo, o Palácio do Planalto informou que as dores já haviam passado e o motivo da viagem era a necessidade de uma avaliação médica. Em visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu informes sobre o estado de saúde da ministra. No Sírio-Libanês, Dilma deveria se submeter a uma bateria de exames e passar a noite em um quarto. Na semana passada, a ministra se submeteu à segunda das seis sessões de quimioterapia previstas.
(Agência Estado)
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