Do Espaço Aberto
Embora se queixe da crise financeira, o governo do Estado tem sido estranhamente generoso com a recorrente impontualidade da Rede Celpa no recolhimento de ICMS, que é pago pelo consumidor nas faturas de energia.Na prática, isso transforma a empresa em espécie de fiel depositária temporária do imposto.
Uma das maiores contribuintes do Pará, a Celpa deixou de pagar na terça-feira, 5, data de vencimento, algo perto de R$ 20 milhões de ICMS, com grave repercussão nas contas públicas, que dependem de receita prevista.
Provocado sobre a inadimplência contumaz da Celpa, o presidente do Sindicato do Fisco, Charles Alcântara, diz que o tema já vazou dos gabinetes para os corredores da Sefa.
Fiscal-mor, ele acha que falta de choque de gestão: o governo deveria se proteger dos atrasos com medidas drásticas - ou simples, dependendo da ótica.
Não custa nada, diz o ex-chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia, encontrar contas para descontar o ICMS da fortuna mensal que a empresa leva do erário para suprir a máquina estatal.
Só a Cosanpa paga a bagatela de R$ 2 milhões.
Registre-se, por justiça, que a Rede Celpa, em relação a seus consumidores, exige pontualiade, exação máxima.
Por que o governo do Estado não faz com a empresa o mesmo que ela faz com seus consumidores?
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