quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fenaj: ameaça à democracia

O presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Sérgio Murillo Andrade, disse nesta quarta-feira que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que derrubou a exigência do diploma para o jornalista representa uma ameaça à democracia. Andrade criticou a postura dos ministros que compararam jornalistas com cozinheiros e modelo e teriam deixado de lado a complexidade e dificuldades da atuação do profissional da área.

Para o presidente da Fenaj, o STF derrubou a exigência pela qualificação dos jornalistas. “Não é novidade para ninguém que o melhor lugar para qualquer pessoa adquirir conhecimento é a escola. Lamento que o Supremo tenha andado na contramão, deixando de lado a exigência por profissionais qualificados. Foi um contrassenso”, afirmou.

Na avaliação de Andrade, ao anular o decreto-lei 972/69, que estabelece que o diploma é necessário para o exercício da profissão de jornalista, o Supremo derrubou uma luta de 40 anos. “É um golpe duríssimo na nossa profissão. São 40 anos jogados no lixo. Foi um milagre o Supremo não nos proibir de exercer o jornalismo no Brasil”, disse.

O presidente da Fenaj disse ainda que vai esperar uma análise do departamento jurídico da entidade para adotar uma orientação aos sindicatos. Segundo Andrade, ainda não há ideia da dimensão do impacto do julgamento. “Vamos analisar a decisão para orientar os sindicatos. Agora, não é uma sentença de morte. Vamos usar a criatividade para garantir que a profissão seja exercida com ética”, afirmou. (Da Folha de S. Paulo)

ABI: fim do diploma expõe jornalistas

Por 8 a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou hoje a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Só o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção do diploma. O presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo, criticou a decisão. “A ABI lamenta e considera que esta decisão expõe os jornalistas a riscos e fragilidades e entra em choque com o texto constitucional e a aspiração de implantação efetiva de um Estado Democrático de Direito, como prescrito na Carta de 1988″, disse ele em nota. Na nota, Azêdo diz esperar que a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) recorra ao Congresso Nacional para “restabelecer aquilo que o Supremo está sonegando à sociedade, que é um jornalismo feito com competência técnica, alto sentido cultural e ético”. Ele informa que a ABI organizou o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas em 1918 e aprovou “como uma das teses principais a necessidade de que os jornalistas tivessem formação de nível universitário”. (Da Folha de S. Paulo

2 comentários:

Anônimo disse...

Era esperado que os jornalista gostassem da decisão. Não sei porque essa revolta. O Supremo teve como princípio a garantia da liberdade de expressão. Não é esse o princípio fundamental que toda a imprensa usa para dizer o que quer?
De todo, não foi ruim. A parte boa é que foi mantida a sobrevivência de vários trabalhadores em jornais, rádio e televisão. Foi mantido, ainda os "xeréns", que é a propina que recebem para colocar matéria difamatória ou elogiosa a alguém, Foi mantido, também os "financiamentos" com prefeituras e etc. Afinal, NÉ, esse papo de imprensa independente, é furado!!
A parte ruim é que vamos continuar ouvindo: "o pessoal foram", "é a primeira vez que a srtª vai debutar?", a gente fomos ver a rodovia", "ninguém imaginavam", "ele está mátricule na escola .........", "o povo estão esperando a prefeita falar", e por por ai vai. Mas... O povo já está acostumado com esse tipo de jonalismo.

Anônimo disse...

Sr Editor

Fica a pergunta : O que fazer com as Faculdades de Jornalismo espalhadas pelo País? Entende-se que devam fechar. Afinal para que estudar, né? Alguém importante já havia dito que nao gostava de livros. A ordem das coisas segue o mesmo conceito.

Antenor P. Giovannini

Antenor Pereira Giovannini