quarta-feira, 17 de junho de 2009

Livro resgata história de nordestinos na Amazônia

Você conhece a história da ocupação da Amazônia do Acre no período da Borracha? Sabe qual foi a importância das praias e dos barrancos para os nordestinos seringalistas que serviram de mão de obra do látex? Essas e outras questões referentes ao resgate da história que agrega os hábitos e os costumes dos nordestinos estão registradas no livro “Cultivando Praias e Barrancos: nordestinos, feitos seringueiros, ocupam a Amazônia do Acre", que será lançado nesta quinta-feira, 18 de junho, cuja autoria é dos professores da Universidade Federal do Pará José de Arimateia do Rego, Marcondes Costa e Henrique Almeida.

“Lançar este livro significa ter vencido um grande desafio”, afirma Marcondes Costa. Segundo o autor do livro, a obra é fruto de dois projetos de pesquisa da UFPA apoiados pelo CNPQ e será importante para compreender a importância das praias e dos barrancos no período de decadência da borracha na Amazônia do Acre. “É importante compreender que essas localidades, além de agregarem e revelarem os hábitos, os costumes e a identidade dos nordestinos, foram de essencial importância para a sobrevivência dos nordestinos no período crítico da borracha, já que serviram para a produção da agricultura”.

E nós, habitantes da Amazônia, conhecemos a história da nossa região? De acordo com o professor José de Arimateia do Rego, o livro será importante para aprofundarmos nossos conhecimentos acerca da região amazônica, a exemplo da integração do Acre ao Brasil. Ele informa, ainda, que a obra contém um levantamento histórico, social, científico e cultural diferenciado das praias e dos barrancos.

O livro fará, inclusive, um resgate à história para que se esclareça por que essas terras foram cultivadas e fizeram com que os nordestinos seringalistas se fixassem ao local. Um dos autores do livro, o professor Henrique Almeida, disse que as riquezas da localidade e os diversos produtos de subsistência, como feijão, milho e arroz, foram os principais fatores que fizeram os seringalistas ficarem no Acre, já que se encontravam em péssimas condições de vida. “É importante saber que essas terras ainda são muito boas e podem ser aproveitadas, desde que se tenha incentivo”, declara.

O lançamento do livro será realizado pelo Grupo de Mineralogia e Geoquímica Aplicada (GMGA) e ocorrerá a partir das 17:00 horas, no Museu de Geociências da UFPA.

(Ascom/UFPA)

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