quarta-feira, 24 de junho de 2009

Protesto contra embargo à carne paraense

No AMAZÔNIA:

Sindicatos ruralistas espalhados do Pará começam a organizar manifestações no Estado contra o embargo às 21 propriedades impedidas de comercializar boi para frigoríficos e grandes redes de supermercados. Hoje, uma comissão de vereadores de Santarém estará na Assembléia Legislativa requerendo sessão especial para discussão do tema.
Pecuaristas de Santana do Araguaia, no sul do Pará, decidiram bloquear as rodovias que dão acesso aos Estados de Mato Grosso e Tocantins, também em protesto contra o embargo. Em Altamira, na Transamazônica, os produtores rurais decidiram se manter em assembléia geral permanente até que a situação mude. Em Paragominas e Capanema, o movimento organiza protestos que poderão parar as BR-316 e BR-010.
'Agora que está caindo a ficha do MPF e estão querendo encontrar uma saída honrosa, discutindo o TAC. Esse movimento ocorre na base e eu não posso proibir', declarou o presidente da Federação da Agricultura, Carlos Xavier.
No próximo dia 10 de julho, ele estará em Brasília, a convite do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para dar uma palestra sobre o projeto 'Preservar', na Câmara Temática de Bovinocultura do ministério. 'O Pará foi escolhido para servir de exemplo ao Brasil e o MPF está engessando todo mundo, punindo o Estado, a cadeia produtiva e punindo os empregos', desabafou. Xavier observou que está orientando os produtores rurais para construção de boas defesas na Justiça Federal às ações civis públicas ajuizadas pelo MPF. 'São ações inadequadas, inoportunas e indevidas. O Ministério Público alega que houve desmatamento ilegal, mas não houve. Quem vai decidir agora é o juiz. Como esse assunto é um direito individual, estamos orientando os 21 proprietários das fazendas que tomem as devidas providências, mas eles nem foram citados ainda. Quando forem, vão se defender', pontuou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma pena que a classe produtora ainda é muito desunida. Certamente um dos motivos seja da sobrevivência. Caso contrário, bastava a suspensão de entrega geral de carnes aos abatedouros por um mes e a grita que vem do povo consumidor se faria muito maior do que qq protesto. Deixe o brasileiro sem carnes de vaca por um periodo e veja as consequências em termos de preços, influencia politica, queda de arrecadação, desemprego etc etc por ai vai.
Vide a Argentina tempos atrás quando fizeram boicote por preços melhores. Unidos conseguirriam muito mais . Aqui as autoridades ao invés de punir quem deva ser punido, colocam toda classe produtora no mesno balaio. Torna-se mais fácil do que separar o jóio do trigo.
Mas seria interessante ver o Pará sem carne de vaca por um/dois meses.