quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lúcio Flávio Pinto: Jornal

Uma das maiores perdas à memória escrita do Pará aconteceu no dia 30 de agosto de 1952: um incêndio destruiu todo o arquivo da Folha do Norte, que tinha 60 anos de existência. Dessa vez, a destruição foi resultante de um acidente e não de algum ataque com motivação política, como em outras ocasiões. Todas as demais dependências da empresa permaneceram incólumes. “Identificado com o povo, de cujos interesses sempre foi sentinela indormida e heróica”, o jornal de Paulo Maranhão lançou “um apelo” para recompor a coleção dos exemplares antigos. A resposta foi imediata: no dia 4 de setembro jornais começaram a ser enviados por pessoas como Irawaldir Rocha, na época estudante do Colégio Estadual Paes de Carvalho, a família Conduru e dezenas de pessoas, que tinham seus nomes registrados todos os dias. Qual seria a resposta do público se uma tragédia dessas ocorresse hoje?

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