sexta-feira, 17 de julho de 2009

Navio que transporta bauxita está encalhado próximo a Santarém

Andressa Aguiar
Da Redação


A exemplo do navio transporte da Marinha Ary Parreras que esteve encalhado durante 34 dias, no ano passado, encalhou no ultimo sábado (04) próximo a Santarém o navio mercante Marcos Dias. A embarcação, que continuava encalhada, transportava 44 mil toneladas de bauxita de Porto de Trombetas com destino ao porto de Vila do Conde. A ilha das Marrecas, onde se encontra encalhado o navio, é muito conhecida pelos navegantes, mas o encalhe de embarcações é iminente nesse período do ano em que os rios começam a vazar.
Para apurar as causa do encalhe do navio que pertence à Companhia de Navegação Norsul já foi instaurado um inquérito por parte da Delegacia Fluvial de Santarém. Os procedimentos contra a poluição hídrica ou qualquer prejuízo a natureza já está sedo observados.
O Delegado Fluvial de Santarém, Comandante Evandro assegurou que já foi apresentado junto a Marinha em Santarém o plano de Salvagem do Navio, para que possa ser feito todos os procedimentos conforme previstos na Norma 16 da Autoridade Marítima. A empresa responsável pelo navio, Picolo e Associados está devidamente cadastrada na Delegacia Fluvial de Santarém, a quem compete depois de um parecer prévio da Marinha do Brasil começar a execução do desencalhe da embarcação.
"Todos os procedimentos no tocante a questão da prevenção da poluição hídrica e segurança da navegação estão sendo observadas para que nenhum dano seja causado à natureza", assegurou o comandante Evandro, complementando que o navio apesar de encalhado, não apresenta riscos a segurança da navegação.
A ilha das marrecas é uma ilha muito conhecida por todos os navegantes, por ser o Rio Amazonas rico em sedimentos que faz com que os bancos de areia mude com o passar do tempo de lugar.
No ano passado a Marinha fez uma atualização da Carta Náutica, onde ocorreu uma revisão de batimetria naquele trecho para proporcionar uma maior segurança a aqueles que navegam pelo local.
Para elucidar o que pode ter ocorrido nesse encalhe, a Delegacia Fluvial de Santarém conforme está previsto na lei orgânica do tribunal marítimo (2.180) já instaurou o inquérito administrativo para apurar em um prazo de 90 dias a causas do encalhe e encaminhar o processo ao Tribunal Marítimo, no Rio de Janeiro, a quem compete julgar o caso.
Perguntado sobre a previsão de desencalhe do navio, o Comandante Evandro esclareceu que não se pode determinar uma data, porém os procedimentos cabíveis já estão sendo tomados para que haja brevemente a remoção da navegação.

Foto: O Estado do Tapajós( proibida sua reprodução sem autorização do Blog do Estado)

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