sábado, 22 de agosto de 2009

Contra a padronização da cozinha

Em Brasília, onde participa 21° Congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), evento que ocorreu hoje no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Fábio Sicília, do restaurante Dom Giuseppe, de Belém, é um dos que levanta a bandeira brasileira.
Para ele, é importante ter consciência da origem do alimento e não deixar a essência da cozinha regional ficar perdida no tempo. “A nossa cultura gastronômica tem muito potencial. Muita gente está voltando ao passado, usando técnicas e receitas antigas, o que é muito bom”, afirma.
Ele lembra que na Amazônia, por exemplo, as formas de extração e manipulação do cacau foram conservadas, o que faz toda a diferença no produto final. “O chocolate fica com uma textura e um sabor que não há igual”, conta Sicília, que também é líder do movimento Slow Food no Brasil. Para ele, não pode haver padronização na cozinha. “O alimento tem de ser bom, prazeroso, saudável e não pode agredir o meio ambiente para ser produzido, além de ser justo para quem compra e para quem produz”, explica.

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