segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Esperar ônibus é uma tortura em Santarém

Cilícia Ferreira
Da Redação


Andar de ônibus não é uma opção, é uma necessidade. Os transportes coletivos da cidade estão deixando a desejar, e muito, quanto ao oferecimento de seus serviços. Ao sofrer no bolso um aumento na passagem, há poucos dias atrás, os usuários ainda têm que enfrentar com muita paciência a demora dos ônibus que precisam pegar. De manhã cedo é comum ver paradas lotadas, com pessoas em rotinas diárias indo ao trabalho, à escola ou outras tarefas que exijam locomoção de um lugar para outro.
Mas basta dar 9 h para 'coisa' complicar, é uma espera estressante, que muitas vezes é vencida por outro meio de transporte comum na cidade: os mototáxis. Além de serem rápidos, são acessíveis a grande parte da população .Só que a parte que não pode andar de mototáxi, por falta de dinheiro ou por usar o cartão de passe eletrônico, que obriga o usuário a utilizar os ônibus, fica a mercê das empresas de ônibus que oferecem um serviço caro e mal prestado.
Num trabalho de dois dias, a reportagem do jornal O Estado do Tapajós, colheu dados dos ônibus que passam pelo posto de fiscalização da SMT, na praça Barão de Santarém. Foram anotados as linhas, os horários e os números dos veículos. Constatamos que nos horários de menor fluxo de pessoas, em algumas empresas, o número de veículos de uma linha é reduzido, voltando à 'normalidade' nos horários de pico.
Segundo a fiscal de plantão do posto da SMT, , alguns horários estão sendo cumpridos com atrasos, mas dentro do prazo limite que varia entre 5 a 25 minutos, dependendo da rota. "Um 'balão' do Tabocal, por exemplo, custa entre 01h45min até 2h, no máximo, se passar disso a empresa é notificada", informou a fiscal. Perguntamos também como é feita notificação de uma irregularidade, ela nos respondeu que, primeiro é constatada a infração através de denúncia do usuário pelo fone 158 ou do próprio posto de fiscalização, depois é enviada a SMT uma denúncia formal que se encarrega de protocolar e enviar à empresa uma notificação." As irregularidades mais comuns cometidas são: 'queima'(passar direto) a parada, deixar ou pegar passageiros fora do ponto de ônibus e trafegar com portas abertas", detalhou a servidora.
No intervalo de tempo de 10 as 11 da manhã não havia passado nenhum ônibus que faz a linha para o bairro de Jaderlândia, questionamos a fiscal e ela disse que realmente ele estava atrasado, porém dentro do limite de atraso, pois a linha possui somente um veículo que passa a cada hora - o último ônibus tinha passado as 09h54min, no final da entrevista, 11h10min, o outro passou.
Outra situação nos chamou atenção, foi a de um ônibus deixar passageiros na parada com o nome da linha de ESPECIAL, detalhe: havia vários passageiros no ônibus e não eram turistas nem banhistas indo para algum balneário da cidade. Questionada sobre o ocorrido, a fiscal nos relatou que isso também é uma prática comum.

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