quinta-feira, 20 de agosto de 2009

HEPATITE É UM MAL SILENCIOSO CUJO TRATAMENTO NÃO É FACILITADO

Cilícia Ferreira
Da Redação



Os santarenos podem estar convivendo com um inimigo silencioso e nem sabem disso. É grande o número de casos de pessoas infectadas com o vírus das hepatites B e C.
O cabo aposentado B.F.L., casado, 60 anos,, descobriu que tinha hepatite C em agosto de 2008. Desconfiara que seu estado de saúde não fosse dos melhores e numa viagem à Fortaleza, foi ao médico por conta própria. Lá fez uma bateria de exames, que não puderam ser realizados na capital cearense pelo fato do militar estar naquela cidade somente a passeio. Ao retornar a Santarém, o militar fez todos os exames que constataram que ele possuía o vírus da hepatite C.
O cabo foi até a Secretaria Estadual de Saúde do Pará (SESPA), e lá o encaminharam até o Centro de Testagem Anônima (CTA) para dar início ao processo de tratamento oferecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde a todo cidadão portador dessa doença. Mas ele se deparou com alguns impedimentos, causados pela falta de estrutura suficiente para tratá-lo. Cansado de tanta burocracia, foi até Belém e deu início, no dia 30 de janeiro, ao seu tratamento. Assumiu, desde então, os custos de passagens, estadias e alimentação, mas só agora conseguiu da SESPA uma passagem aérea e um cheque de 100 reais para auxílio nas despesas, e ficará em um albergue daqui por diante.
Este é um de inúmeros casos encontrados em Santarém e na região oeste do Pará. Segundo dados do CTA, a região oeste apresenta 179 casos confirmados entre hepatites B e C. Isso pode ser somente a ponta do iceberg, por se tratar de doenças assintomáticas (no início) - os infectados podem ficar anos sem saber que estão doentes. Só exames específicos detectam os vírus.

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