terça-feira, 18 de agosto de 2009

Universitários ignoram risco de gripe suína


Do Correio Braziliense:

Brasília - Pouco preocupados com a disseminação da influenza A (H1N1), conhecida como gripe suína, alguns estudantes da Universidade de Brasília (UnB) fizeram exatamente o oposto do recomendado pelos professores em sala de aula: se abraçaram e trocaram beijos. No primeiro dia do semestre letivo, depois do adiamento por uma semana em virtude da nova gripe, a UnB reuniu docentes, coordenadores e funcionários para avaliar as medidas e promete instalar os recipientes com álcool em gel e sabonete líquido nas dependências do câmpus até sexta-feira. Apesar do esforço, professores reclamam que existem salas insalubres e sem ventilação — o que facilita a propagação do vírus H1N1.

Mesmo depois da justificativa de adiar por uma semana as aulas para preparar a universidade, os 40 mil estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação que retomaram ontem suas atividades não encontram nem álcool em gel nem sabonete líquido nos banheiros. Os insumos estavam disponíveis apenas no restaurante universitário, na biblioteca e em poucos pontos do câmpus. A única mudança na rotina foi a instalação de um quiosque na entrada principal do Instituto Central de Ciências (ICC) e cartazes fixados em murais da universidade. À tarde, de acordo com o coordenador de enfermagem da UnB, Everaldo da Silva, a procura por informações ficou abaixo das expectativas. “Somente 20 pessoas pediram para assistir ao vídeo sobre a influenza A”, disse.

Diabética, a aluna do mestrado em psicologia Sibely Alvim, 26 anos, era a única que buscava informações sobre a doença no quiosque quando a reportagem do Correio visitou o local. “Por estar no grupo de risco, devido à diabetes, estou preocupada.” Depois de ler o informativo, Sibely solicitou mais cópias para distribuir numa universidade particular de Taguatinga, onde é professora.

Ao contrário da população, que tem mudado hábitos devido à pandemia, segundo o vice-reitor da UnB, João Batista de Sousa, os alunos têm minimizado a questão. “Vamos continuar batalhando para que a comunidade acadêmica se integre às medidas preventivas. Alguns professores informaram que, durante a divulgação das instruções sobre a gripe, muitos alunos se abraçaram e trocaram apertos de mãos”, conta Sousa

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