Da Redação
Uma emissora de televisão mostrou, na última quarta-feira, uma cena que já está sendo comum em Santarém. Na casa da funcionária pública, Maria da Conceição Gomes, a televisão, o aparelho de DVD, a geladeira e os aparelhos domésticos em geral, estão fora da tomada. A medida foi tomada para evitar prejuízos. Com as constantes quedas no fornecimento de energia é mais seguro deixar os equipamentos desligados.
Essa cena se repete com mais intensidade desde o começo do mês de setembro na cidade. Por falta de energia as audiências do fórum atrasam ou são suspensas, as consultas em clínicas especializadas são desmarcadas, o Hospital Regional deixa de fazer procedimentos de alta complexidade, os cartórios suspendem o atendimento e até os supermercados preferem consumir energia de geradores a diesel do que contar com a luz intermitente da Rede Celpa.
Esta semana, instado por associados à entidade, o presidente da Associação Comercial e Empresaria de Santarém, alvo das Neves, decidiu denunciar à Rede Celpa à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANNEEL) por causa dos inúmeros prejuízos causadas pela concessionária no fornecimento irregular de energia elétrica em Santarém. "A Celpa joga a culpa na Eletronorte. Mas não sabemos quem diz a verdade. O certo é que o pisca-pisca na cidade ficou insustentável", reclama Olavo. A entidade estuda, também, ingressar com uma denúncia contra a Celpa junto ao Procon "por quebra de contrato no fornecimento de energia sem aviso prévio".
Desligamentos
O empresário Cezar Ramalheiro, dono de uma rede de supermercados, informou que durante a noite as lojas passam a utilizar energia de geradores próprios. "É uma forma da gente se precaver dos prejuízos maiores como a queima de equipamentos e desconforto para os clientes", afirmou.
A médica Keiko Allho suspendeu temporariamente, por precaução, os exames especializados em sua clínica com receio de que estes sejam danificados por causa constante oscilação de energia.
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