sábado, 24 de outubro de 2009

Cerveja

Em agosto de 1963 a Folha do Norte anunciou, como furo de reportagem, que haviam sido lançados os fundamentos “da que vai ser a futura Fábrica de Cerveja Paraense”, numa área de 120 mil metros quadrados, com frente para a baía de Guajará, logo depois do aeroporto de Val-de-Cans. O projeto previa a montagem da “fábrica mais completa e moderna da América do Sul”, em condições de atender todo consumo de Pernambuco para cima, até o extremo Norte. Iria oferecer cerveja de alta qualidade, principalmente por causa da pureza e da potabilidade da água encontrada no próprio local da fábrica, em perfurações mais profundas. Os empreendedores fizeram questão de que 90% das “poderosas máquinas” fossem de procedência nacional.

À frente da iniciativa estavam oito grupos econômicos da terra, “que dispõem de capitais próprios e não pretendem bater às portas de investidores alienígenas”. Rolf Erichssen era o presidente da nova empresa, que tinha Antônio Marques como superintendente, Newton Vieira como diretor industrial, José de Oliveira Mendes diretor comercial e Alberto Dias Neves, tesoureiro. Era o início da Cerpa, que, como se sabe, passou ao controle estrangeiro. Tornou-se uma das mais duradouras indústrias locais.

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