quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Greenpeace 'fabrica' índios em Santarém, diz jornalista

Inácio Régis*
Especial

Gleba Nova Olinda situa-se no município de Santarém no Oeste do Pará, na margem esquerda do rio Maró e margem direita do rio Aruã, afluentes do rio Arapiuns. Em linha reta, fica aproximadamente, 93 Km (12 horas de barco a motor) de distância da sede do município. Com uma dimensão total aproximada de 87.496 ha, a Gleba Nova Olinda I é constituída integralmente por terras públicas arrecadadas pelo Estado, sendo composta por 14 (quatorze) Comunidades ribeirinhas, formada por populações tradicionais.
Segundo Basílio Matos dos Santos, tio de Odair Borri, as ONGs diziam que os madeireiros iriam tomar as terras das comunidades e tirar toda a madeira e, os sojeiros, iam derrubar tudo e o rio ia secar(não existe plantação de soja em toda a Gleba Nova Olinda). Basílio então conclui: como acreditar neles se o que eles pediam é que agente mentisse dizendo que era índio. Eu sou tio do Odair, eu ajudei a criar esse menino desde que o pai dele morreu aos 25 anos. O Bisavô dele era riograndense, Meu pai, avô de Odair, morava em Belém, nós nunca tivemos índio na família. Aqui no Maró, agente se conhece uns aos outros e, nunca teve índio nessa Gleba, como concordar com uma mentira dessas?
Resultado: Ds quatorze comunidades que habitam a Gleba, apenas três aceitaram se declarar índias (Novo Lugar, Cachoeira do Maró e São José III).
Convém mencionar que, há época, as comunidades pleiteavam a regularização fundiária junto ao Governo do Estado, algumas queriam regularização coletiva e outras individual. Segundo o relatório da equipe de trabalho realizado em 2007 para coletar coordenadas geográficas, realizar levantamento socioeconômico e fundiário e, identificar a forma de regularização pretendida pelas comunidades (equipe composta por técnicos do ITERPA, IBAMA, SEMA e INCRA), a comunidade Cachoeira do Maró havia optado por regularização individual, tendo em 2006 formalizado 22 (vinte e dois) processos individuais e, quando da visita dos técnicos em 2007, esta mudou sua opção para área indígena.
Basílio denuncia ainda que, quando da visita dos técnicos, em agosto/2007, foi realizada uma reunião na comunidade Fé em Deus onde ficou decidido que, nós não entraríamos na área deles e eles não entrariam na nossa. Isso ficou acertado na presença dos técnicos e assinado na folha de presença.
Só que agora, influenciados pelas ONGs, eles querem fazer reserva até o Igarapé do Arara, ou seja, atravessou a nossa estrada, passou por trás de nossa comunidade aliás, passou por todas comunidades até chegar a última comunidade que é a Mariazinha. Então eu pergunto: e a nossa estrada? Por onde vamos tirar nossa produção se no verão tem uma cachoeira que não passa barco? Por onde vai chegar a energia luz para todos? Pelo ar?. Nós somos vizinhos. Conhecemos todos eles desde quando chegaram na região. O Odair eu ajudei a criar e, agora, esse moleque vem dizer que é Cacique de índios que nunca existiu em nossa região e, muito menos em nossa família.
Nunca existiu índio na Gleba Nova Olinda. As ONG é que ensinam eles. Êles só se vestem e se pintam como índio quando vão falar com pessoas do Governo, pra poder enganar!
O que ele e as ONG querem é impedir que o ITERPA regularize as terras das comunidades como acertado e, isso nós não vamos aceitar.

* Inácio Régis é jornalista e pesquisador ambiental e Pós-Graduando em Mudanças Climáticas pela Universidade Gama Filho


Leia mais aqui

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa farsa tambem foi tentada em Alter do Chão mas felizmente essa palhacada não vingou.
Deveriam ser processados por falsidade ideologica.
O negocio é que se declaram negros e indios com o unico intuito de tirar vantagem e as ONG's esdruxulas faturando em cima dos " carnavalescos selvicolas" de ultima hora.
Deveriam pelo menos seguir o exemplo do Abaré do PSA.

Anônimo disse...

Esse Inácio Régis não é aquele que deu um senhor 'PINO' em várias pessoas na cidade Juruti e em Santarém com uma onda de bingo?
Depois daquele episódio, ele sumiu...

Inácio Régis disse...

Fui informado por amigos sobre o maldoso comentário que um anônimo fez sobre a minha pessoa, quanto a dar pino com bingo em Santarém e região. Sobre o fato declaro:

1)É verdade que algumas pessoas não receberam os prêmios que lhes eram devidos e que, alguns fornecedores também não foram pagos;

2)Os que operavam os Festivais de Prêmios constituíram uma sociedade, sendo 4 (quatro) sócios. Eu detinha 40% das quotas seja no Lucro ou no Prejuizo.

3)Quando os Sócios não honraram com as suas responsabilidades, Fui EU que ofereci denúncia ao Ministério Público e a Polícia Civil, emitindo um relatório com TODAS as dívidas não resgatadas. A denúncia foi realizada através de uma Relatório sobre todas as operações do Grupo, mencionando o nome dos ganhadores, fornecedores e os respectivos valores não saldados, bem como Nome, Endereço e Telefone dos sócios. Vale ressaltar que, cópia deste relatório foi entregue a imprensa.

4)Como eu detinha 40% das quotas e, portanto, 40% da responsabili-dade, vendi meus dois carros, um terreno e levantei um empréstimo no Banco do Brasil que estou pagando até hoje, para pagar os 40%que me eram devidos, tendo priorizado o pagamento aos ganhadores;

5)No relatório entregue a justiça, provei que havia honrado com os 40%dos débitos do grupo, anexando os respectivos recibos e que, o saldo devedor, teria que ser arcado pelos demais sócios, cada um com suas quotas partes;

6)Quem me conhece, amigos e vizinhos sabe que, desde então, ando de ônibus e moto-taxi por não mais dispor de veículo próprio, pois vendi TUDO O QUE TINHA, só me sobrando a casa que moro PARA LIMPAR MEU NOME.

7)Sobre a menção de ter sumido, simplesmente saí da mídia e de bingo e voltei a estudar. Estou concluindo um mestrado no Rio de Janeiro para, com mais estudo, conseguir melhor renda para sustentar a família.

Espero ter, com esses esclarecimen-tos, sanado o anônimo e maldoso comentário que, deve ter sido feito por alguém que desconhece o que acima foi relatado.