A jornalista Franssinete Florezano, em comentário abalizado em seu Uruatapera, reclama da omissão dos vereadores de Oriximiná quanto ao péssimo serviço de internet daquele município. Leiam o que escreveu Franssi:
Em Oriximiná, a população não se conforma com a situação aflitiva por que passa. Diariamente, falta água e energia elétrica. E o município, que abriga a Mineração Rio do Norte, uma das maiores do mundo, não dispõe de internet. Os oriximinaenses estão literalmente fora do mundo e na contramão da história. Os vereadores não movem uma palha para que a MRN pelo menos estenda à cidade a sua cobertura de internet. Quando fazem sessão especial convidando a empresa, ficam só escutando o relato dos projetos, tecendo loas e batendo palmas. O comércio é fraco e a indústria não existe. 30 anos depois do início do primeiro embarque de bauxita, o município permanece refém dos royalties, que têm prazo para acabar.
Mas a justa indignação de Franssi poderia ir bem mais além do que simplesmente atribuir responsabilidades aos vereadores e à Mineração Rio do Norte.
Depois de ter recebido zilhões $$$$$$ por IUM, (atual CFEM) e royalties, a prefeitura de Oriximiná, ao que parece gastou tudo em asfalto, se esquecendo de fomentar atividades produtivas sustentáveis e a implantação de serviços - incluindo aí telefonia e internet - de qualidade e que não dependessem, para sua efetivação, das benesses dos governos ou da iniciativa privada.
Prefeitos de diferentes partidos se locupletaram do dinheiro da prefeitura. E, num gesto de covardia, todos eles se ajoelharam aos pés da MRN, atribuindo a esta uma importância que nem mesma a empresa reconhecia como sua. Deu no que deu. Feitos filhotes de mucura se agarraram à MRN em troca de migalhas. Se bem que agumas quinquilharias foram obtidas. Mas a trôco de que?
Ao aproximar-se o prazo de 10 anos para o fim da exploração de bauxita nas minas existentes em seu município - a extração passará para os territórios de Faro e Terra Santa - recomeçou o chororô de alguns setores de Oriximiná.
Não digo que é injuto o esperneio. Mas, convenhamos, é no mínimo atrasado e fora de foco. Que a cidade precisa de internet de qualidade, isso nem se discute.
Mas,a final, o que tem a MRN a ver com tudo isso? Alegará a empresa que pagou as taxas e impostos devidos e que oferecer ou estender o sistema de internet utilizado pela empresa aos oriximinaenses não é sua atribuição. Certo ou errado?
Depende, de acordo com a ótica dos atores desse processo.
Eu, fico com a opinião de que quem deveria ter zelado ou lutado por internet de boa qualidade em Oriximiná são a prefeitura e os empresários locais.
Mas sei que haverá sempre aqueles que, baseados em uma imagem negativa per si de mineradoras, dirão que é obrigação dessas empresas dar água, egosto, hospitais e até internet em compensação pelo minério extraído de seus subsolos.
E não lhes tiro essa justa reivindicação, embora não concorde totalmente com esse pensamento.
Um comentário:
SEXTA FEIRA, Belém-Pa, 27/11/2009
PAINEL POLÍTICO
Está feito
Depois de muita confusão no diretório do Pará, a direção do PSDB bateu o martelo ontem: o candidato ao governo será Simão Jatene. O ex governador Almir Gabriel disputará o Senado ou uma cadeira de deputado.
Fonte: jornal Diário do Pará de 27/11/2009, caderno Brasil, página B2.
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