Como cearense que vive no Amapá desde 1991, busco resistir a uma deliciosa tentação. Nos feriados prolongados ou nas férias, uma força me puxa para as terras de Iracema. Não é à toa. Meu umbigo foi enterrado lá. Meus pais, irmãos e parentes próximos moram naquele hospitaleiro lugar.
Mas sempre que posso, viajo também pelo interior do Amapá. Aqui há lindas paisagens e lugares com forte atrativo turístico. Não é fácil encontrar por aí uma cachoeira como a de Santo Antônio do Jari ou um rio com o encanto do Araguari.
Neste mês de janeiro decidi por um roteiro eminentemente amazônico. Junto com esposa, filhas, sogra e cunhada saí no navio Luan, do Porto de Santana com destino a Santarém. A viagem, por si só, já era um novidade para todos. Acostumados com os frios e automáticos cumprimentos das elegantes aeromoças, a simpatia dos modestos tripulantes do navio nos pareceu bem mais sincera. No trajeto, paramos em Almeirim, Monte Alegre e Prainha, municípios paraenses também banhados pelo Rio Amazonas.
Depois de quarenta horas sobre as águas do Amazonas chegamos a Santarém. Antes de desembarcar assistimos ao impressionante espetáculo do encontro das águas. Os rios Tapajós e Solimões (Amazonas), de cores distintas, correndo lado a lado, sem se misturar.
Durante os dias, aproveitando o sol, visitamos inúmeras praias de areia branca do belo Rio Tapajós: Alter do Chão, Ponta do Cururu, Ponta de Pedras, Pajuçara, Aramanaí e muitas outras.
Nas noites, aproveitando a refrescante brisa da bem movimentada orla, passeamos por vários pontos interessantes da cidade, com parada obrigatória no bem frequentado Mascote, tradicional bar e restaurante em funcionamento há 75 anos.
Após nove dias de agradável passeio pela Cidade Pérola do Tapajós chegou o momento de voltar para casa. Ficou a certeza que fizemos a escolha certa. Os roteiros turísticos da região amazônica são tão fascinantes como o Ceará e outros belos destinos do Brasil.
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