quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Marinha desconhece furto de água por navios no Oeste do Pará

Cilícia Ferreira
repórter


O Delegado da Marinha, capitão Paulo Antônio, desconhece denúncias de roubo de água doce por navios mercantes que passam pela região. A fiscalização da Polícia Federal está apurando denúncias de que grandes navios transportadores de madeira e minérios estão se utilizando da entrada nos rios amazônicos para carregar os lastros dos navios com água doce para fins de comercialização a outros países por um preço mais acessível do que o custo do processo de dessalinização de águas dos mares.
Segundo o delegado da Marinha, a troca da água de lastro dos navios está sendo feira de acordo com a legislação. "Não tivemos conhecimento de que esteja havendo burla na troca da água de lastro para fins comerciais", explicou o capitão Paulo Antônio.
Os navios chegam à nossa região com o número determinado de água no lastro - tudo o que se coloca no fundo dos porões de um navio para lhe dar estabilidade. Segundo a Marinha, é comum em navios de carga que, ao saírem leves de um porto, usarem água a fim de torná-lo mais pesado, para melhorar sua estabilidade.
Segundo denúncias, é exatamente da troca da água salgada do lastro dos navios por água doce da Amazônia que seria a forma encontrada pela hidropirataria, que teria compradores certos no Japão e Oriente Médio. Por causa disso, a Polícia Federal vai concentrar esforços no porto de Vila do Conde, onde, na análise da PF, há a maior movimentação de grandes navios, entre 40 a 45 por mês, de acordo com dados da Delegacia de Imigração da Superintendência no Pará.
A partir da experiência nesse primeiro porto, a PF vai estudar a possibilidade de estender as ações para os de Santarém, Porto Trombetas (município de Oriximiná) e Belém.

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