A International Football Association Board (IFAB), responsável por fazer mudanças nas regras do futebol, vetou neste sábado a realização de experimentos tecnológicos que poderiam ajudar os árbitros em lances polêmicos durante as partidas. A entidade também anunciou que só decidirá sobre a permissão da paradinha na próxima reunião, em maio. A decisão de barrar os instrumentos tecnológicos foi tomada depois que especialistas fizeram apresentações com novas tecnologias para auxiliar os juízes por meio de imagens de vídeo. Essas alternativas já vinham sendo testadas em alguns jogos, principalmente nos casos em que havia dúvida sobre a entrada da bola no gol.
Contudo, a IFAB resolveu encerrar essas pesquisas, que previam o uso de “bolas inteligentes”, providas de microchips (sistema chamado de Cairos), e de potentes câmeras para registrar as jogadas (chamado de Olho de Águia), equivalente ao “Desafio” utilizado no tênis. A entidade, porém, deixou em aberto a possibilidade de utilizar árbitros extras atrás de cada gol para, nos casos de dúvida, verificar se a bola realmente entrou. Essa alternativa será debatida pela IFAB em uma reunião especial, que será realizada nos dias 17 e 18 de maio.
“A tecnologia não deverá entrar neste esporte. Devemos confiar e manter o futebol como um jogo em que prevalece o lado humano”, declarou o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, após a reunião deste sábado. “Esta decisão (da IFAB) não apenas congela a busca por instrumentos tecnológicos. Ela encerra essa pesquisa”, reforçou. O uso de tecnologias no futebol ganhou força novamente com o gol irregular que deu à França a vaga na Copa do Mundo da África do Sul. O atacante Thierry Henry ajeitou a bola com a mão antes de dar o passe para o gol de Gallas, na repescagem das eliminatórias europeias, contra a Irlanda.
Em relação à paradinha nas cobranças de pênalti, a IFAB decidiu adiar a sua análise para a próxima reunião, assim como a Lei 12, que aborda as faltas em jogo e as expulsões por ofensas em campo. O encontro de maio também vai avaliar as responsabilidades do quarto árbitro. (Da ESPN e Reuters)
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