Cilícia Ferreira
repórter
Os cemitérios Nossa Senhora dos Mártires e São João Batista estão superlotados e já não comportam mais novas sepulturas.
De acordo com João da Mata Pedroso, administrador dos cemitérios, estão registrados nos dois cemitérios centrais da cidade 190.743 túmulos, sendo que 12.532 correspondem a sepulturas de adultos (acima de 12 anos) e 178.211 correspondem a sepulturas de crianças (de 0 a 12 anos).
Para solucionar o problema de excesso de sepulturas a prefeitura está providenciando a construção de um novo cemitério para Santarém.
A Prefeitura de Santarém através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF) informa que o processo para a implantação do novo cemitério municipal está na fase de regularização da área, pela Secretaria Municipal de Habitação. A área está situada anexa ao cemitério comunitário do Mararu e que mede cerca de 50 mil metros quadrados com capacidade aproximada de seis mil sepulturas.
O administrador informa que para realizar qualquer procedimento feito em sepulturas, seja construção ou reforma, é preciso apresentar o Título de Perpetuidade de Sepultura, documento de posse dos terrenos dos túmulos. Quem não apresentar o documento, não pode fazer nenhuma benfeitoria e nem sepultamento.
João da Mata diz que o procedimento está mais rigoroso devido à tentativa de fraudes. Ele explica que já houve casos de pessoas chegarem ao cemitério e dar entrada no procedimento de sepultamento mostrando apenas o local da sepultura "supostamente" da família. Quando, na verdade, se tratava de fraude, primeiramente a pessoa ia ao cemitério e localizava um túmulo que lhe agradasse ou correspondia ao sobrenome da família. Após isso, o fraudador se dirigia à administração para dar entrada ao processo de sepultamento e conseguia fazer o enterro no lugar que nunca pertenceu à família do morto.
Agora, só são realizados sepultamentos mediante a apresentação do Título de Perpetuidade de Sepultura, laudo médico confirmando o óbito e a autorização da funerária responsável pelo enterro. Nos casos de títulos em nome de pessoas já falecidas, é necessário que a família atualize o título em nome de um dos membros vivos e que residam na cidade. Para a atualização é cobrada a taxa de R$ 19,60.
Para àquelas pessoas que tem familiares sepultados em um dos dois cemitérios e não possua o título de perpetuidade, João da Mata orienta que as famílias comprem a terreno da sepultura. Existem dois tipos de terrenos: um é a jardineira, que mede dois metros quadrados e custa R$ 308; e o mausoléu que mede três metros quadrados, custando R$ 462.
O administrador conta que várias pessoas têm se mostrado insatisfeitas com o novo procedimento, mas ressalta que o rigor se faz necessário para evitar fraude e impedir a superlotação, problema que já é visível em ambos os cemitérios.
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