Dirigentes da Paróquia de São Sebastião e da associação de moradores da praça querem demolir o quiosque construído pela Prefeitura de Santarém para instalar a venda de iguarias servidas há 48 anos naquele local pela tacacazeira Noca. Na semana passada, foram afixadas duas faixas próximas ao quiosque com frases contrárias à permanência da construção no interior da praça.
Segundo apurou O Estado do Tapajós, o grupo contrário ao quiosque é incentivado pelo pároco, frei Gregório. No entanto, outra praça, a Monselhor José Gregório, onde está localizada a matriz da Conceição, abriga um outro quiosque há mais de 70 anos, a Garapeira Ypiranga, sem que se tenha registrado nenhum incidente entre o proprietário e a administração da catedral. Os quiosques são pontos turisticos da cidade.
Segundo Herbet Farias, o Caxiado, a garapeira Ypiranga não funciona durante as missas na matriz e à noite fica aberta apenas na época do arraial da padroeira. " Nunca tivemos problemas com a igreja. A única vez que nos pediram para fechar foi na tarde do enterro do Dom Tiago, o que foi prontamente atendido", afirmou o dono da garapeira.
Além disso, a associação não considera que Noca vende tacacá na praça São Sebastião há 48 anos e que a construção está de acordo com os padrões arquitetônicos do prédio do Museu João Fonna.
A entidade deveria, sim, se preocupar com o estado de conservação da praça como um todo, que está a receber uma reforma decente há pelo menos 25 anos. A última reforma foi feita na administração do prefeito Paulo Lisboa.
Na última terça-feira, os secretários Everaldo Martins e Valéria Lima compareceram à reunião da associação comunitária de São Sebastião para informar que, o quiosque não será demolido, uma vez que se trata de um equipamento construído com verbas públicas e destinado ao incremento à uma atividade turística, além de abrigar em seu interior uma vendedora de comidas típicas paraenses que atua naquela praça há quase 50 anos.
Um comentário:
Não entendo a preocupação da paróquia e da associação.
Deixem a dona Noca trabalhar. Será que depois de quase 50 anos, ela não tem direito de ter seu quiosque? Por acaso a praça pertence à paróquia e à um grupo específico de moradores de Santarém ou a toda a população de Santarém?
Se não estou enganado, a praça é pública, e se nossos governadores decidiram incrementar um ponto turístico, eles estão no dever deles.
Sou a favor da dona Noca
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