terça-feira, 25 de maio de 2010

5º Salão de Turismo Roteiros do Brasil

Adenauer Góes
adenauergoes@gmail.com

Este evento, de caráter anual tornou-se referência nacional, sempre realizado em São Paulo, por ser este o estado que detém o maior número de empresas de turismo e dominar, tanto o mercado consumidor, como emissor de turistas para todo o Brasil. Esta quinta versão começa dia 26 de maio e está com toda sua área de 12.000 metros totalmente comercializada, a expectativa é de 15% de crescimento de volume de negócios em relação á edição do ano passado.
O evento é organizado pela Reed Exibitions Alcântara Machado, sob a orientação do Ministério do Turismo, dentro de uma estratégia correta, de gradativamente retirar o controle total do acontecimento das mãos do Ministério do Turismo e etapa por incentivar, o empresariado á assumir responsabilidade de conduzir se não a frente ,mas pelo menos ao lado do governo os momentos mais marcantes de transformação do potencial em produto turístico propriamente dito, mesmo que ainda totalmente bancado financeiramente pelo governo.Considero este evento chave para o crescimento e desenvolvimento do turismo como negócio, em especial para os estados com menor ritmo de participação e entendimento do arranjo produtivo da atividade turística.
Entendo mesmo que a maior conquista nestes cinco anos de Salão foi a do mesmo ter se transformado num grande palco de comercialização, no principio iniciou como uma vitrine, na qual se expõe os produtos e foi evoluindo para a venda dos mesmos, não apenas para agências e operadoras os levarem para suas prateleiras através de suas portas abertas ao seu publico consumidor em seus mercados de origem, mas também para os mais de 100.000 visitantes que circularão no Salão e que muito bem poderão encontrar a novidade que procuram a preços e condições bem atraentes, até porque a própria data contempla a proximidade das férias de julho e o potencial de compra e venda que este período oferece.
O Programa de Regionalização, que foi criado em 2003, portanto antes do Salão, acabou por definir em todo Brasil, 65 municípios, através dos quais, novos roteiros seriam desenvolvidos, aumentando desta forma a oferta, já que o mercado nacional oferecia apenas algo em torno de 50 produtos antigos e sem renovação. No Pará, os escolhidos foram Belém,com a possibilidade de juntar com o Marajó e Santarém.Acho difícil mensurar o avanço que esta estratégia trouxe para nosso estado,até porque aconteceram muitas mudanças nos órgãos oficiais de turismo,tanto estadual como municipais, assim como o investimento no setor foi muito diminuído, tanto em infra-estruturar como em divulgação e treinamento para qualificação de recursos humanos, o que acabou por aumentar a lacuna entre o público e privado,propiciando desperdício e maior fragilidade nas políticas públicas de desenvolvimento dos negócios.Exemplo deste fato é que deixamos de realizar o nosso próprio Salão Paraense de Turismo,o qual tinha a finalidade de estimular novos roteiros e de melhor qualificar os já existentes.
Independente de qualquer dificuldade, até mesmo das eleições que se aproxima, o Pará precisa estar presente e muito bem representado, tanto pelos Orgãos Oficiais, como pelo empresariado, sob pena de nos distanciarmos mais ainda do cenário de comercialização brasileiro, nos últimos anos, infelizmente perdemos terreno.

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