Gerson Nogueira
Saiu a tabela da Terceirona, confirmando o “grupo da morte”, com Paissandu, Fortaleza, Águia, Rio Branco e São Raimundo. A disputa começa para os paraenses no dia 18 de julho, logo depois da Copa do Mundo, e o Paissandu estréia em casa, recebendo o Rio Branco no Mangueirão, enquanto o Águia na mesma data vai à capital cearense enfrentar o Fortaleza no acanhado estádio Alcides Santos, o alçapão do “Pici”, com capacidade para 5 mil espectadores. O São Raimundo estréia uma semana depois, visitando o Águia em Marabá.
O que se temia acabou acontecendo. Pelos humores da CBF, os três representantes paraenses ficam presos a um grupo só, disputando duas vagas contra dois adversários de bom nível. O Fortaleza, cuja queda à Série C jamais foi absorvida pelos torcedores, acaba de conquistar o certame estadual e expressa a disposição de formar uma grande equipe, a fim de conquistar o campeonato. Pelo histórico recente e tradição em torneios nacionais, é favorito destacado a uma das vagas.
O Paissandu é o outro time credenciado a passar à etapa seguinte. Tem tanta história e tradição quanto o Fortaleza, ou até mais. Além disso, deve aproveitar as lições e evitar os erros das últimas participações no torneio para fazer melhor papel desta vez. Acima de tudo, esboça um planejamento mais criterioso em relação às edições anteriores.
Foi anunciada ontem a contratação de Marcelo Ramos, atacante veterano, mas sob medida para uma competição de nível intermediário. A diretoria busca ainda três ou quatro nomes para compor o time titular, além de reforçar o elenco com Marcelo Dias, Adelson e Vaninho.
De preocupante somente a indefinição quanto ao comando técnico. No clube, alguns dirigentes já comentam abertamente a possibilidade de substituição do técnico Charles Guerreiro após a decisão do Campeonato Paraense, seja qual for o resultado – situação que não seria inédita para o atual treinador no próprio Paissandu.
Caso a mudança venha mesmo a ser efetivada, por mais contraditória que seja, o mínimo que se espera é a aquisição de um técnico de nível, com experiência na competição. Dos nomes aventados, o de Roberval Davino, campeão pelo Remo em 2005, seria o mais adequado. Paulo Comelli também é lembrado, mas não é unânime na Curuzu.
Quanto a Águia e São Raimundo, as expectativas são diferentes. O Águia tem time e ambição para brigar pela classificação, tentando desbancar os favoritos Paissandu e Fortaleza. A boa campanha no returno do campeonato estadual deu fôlego extra a João Galvão e certamente vai estimular a contratação de reforços.
O campeão da Série D, ao contrário, está imerso em incertezas. Acertou na permanência de Valter Lima, mas não parece disposto a investir alto para este primeiro ano na Série C. Por enquanto, divide com o Rio Branco a condição de azarão da chave.
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