Ademauer Góes
adenauergoes@gmail.com
Embora a erupção do vulcão Eyjafjallajokull na Islândia tenha mais de um mês de iniciada, todo o imbróglio criado com esta situação no setor aeroviário, ainda não está totalmente superado sendo, portanto motivo para muitas incertezas e inseguranças. Na realidade o mercado ainda não havia se recuperado totalmente das mais recentes crises globais, tanto a das finanças, como a da gripe suína e esta nova nuvem traz o caos da imobilidade gerando enormes prejuízos, aos setores de turismo,da aviação e da economia de um modo geral.Milhares de vôos em todo mundo,sobretudo com referência na Europa foram cancelados em função das toneladas de cinzas que cobriram os Países europeus, chegando até ao Canadá.
O Royal Bank of Scotland trouxe a informação de que sete milhões de pessoas foram prejudicadas, e que os efeitos danosos na economia podem ultrapassar 1,5 bilhão de euros. Somente entre os dias 14 e 18 de abril, não foram efetuados 63 mil vôos. Na opinião do Presidente da TAP Fernando Pinto, os prejuízos das companhias aéreas poderão ser comparados ao que aconteceu após o 11 de setembro de 2001.
O Presidente da GOL, Constantino de Oliveira Jr. referiu-se as dificuldades enfrentadas para se recuperar a normalidade da malha aérea, pois a capacidade de mobilização das empresas ficou limitada em função da infra-estruturar, equipamentos e pessoal,levando em conta a segurança, e necessidade de organização e acomodação dos milhões de passageiros que permaneceram em terra, o que é uma tarefa muito difícil, e agravada em função do pouquíssimo tempo.
A Comissão Européia estuda um pacote de compensação financeira ás companhias aéreas que possam aliviar os prejuízos neste período em que os aviões não puderem voar e os aeroportos ficaram fechados.
Dentro daquela máxima de que enquanto uns choram, outros vendem lenços, há quem esteja faturando alto com o caos aéreo. Hotéis lotados , férias prolongadas forçosamente, táxis, restaurantes, bares locadoras de veículos e etc. Os passageiros que puderam, buscaram alternativas de mobilização e de saírem da situação critica repentina, quem não conseguiu, simplesmente ampliou sua estadia.
De qualquer forma este é mais um desafio que se impõe á indústria de viagens em todo o mundo, mostrando o quanto estamos interligados e sofremos os efeitos das intercorrências nos quatro cantos do globo. Além de todas as estratégias e organizações preventivas, precisamos torcer por dias com céu mais claro e bem menos nebuloso.
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