Miguel Oliveira
Editor-chefe
Os repórteres do jornal O Estado do Tapajós estão sendo vítimas de um amolecado jogo-de-empurra patrocinado pelo secretário de saúde José Antônio Rocha todas as vezes que tentam obter informações públicas que estão sob a guarda da Semsa.
Há cerca de 30 dias a reportagem do jornal tenta levantar junto à direção do Hospital Municipal de Santarém os dados sobre o número de pessoas atendidas naquele hospital que tiveram membros amputados em decorrência de acidentes automobilísticos.
Apesar da intermediação capenga da assessoria de imprensa da Semsa, os esforços dos repórteres esbarram invariavelmente na má vontade do gabinete do secretário, da assessoria jurídica e na direção do HMS.
No caso específico, até ofício foi exigido para que o jornal obtivesse os dados depois que a diretora do HMS, Ana Cláudia Tavares, se negou a fornecer os dados não sem antes deixar a reportagem do jornal esperar inutilmente uma resposta por mais de duas horas.
Mesmo assim, o jornal protocolou ofício no gabinete do secretário municipal de saúde solicitando os dados sobre os amputados, sem receber resposta até a data de hoje.
É notório que a reportagem de O Estado do Tapajós não é vista com bons olhos pela thurma de José Antônio porque não engole, como verdade, as notícias divulgadas unilateralmente pela Semsa. E procura fazer seu trabalho, sem tutela.
Desde o caso do desabamento do HMS que as portas da Semsa se fecharam ao trabalho de nossos repórtes, em contraste ao tratamento solícito e respeitoso que tem sido dado ao jornal pela prefeita Maria do Carmo e por sua assessoria de imprensa.
Mesmo diante do deliberada ação da Semsa em tentar boicotar a coleta de informações públicas, O Estado do Tapajós jamais desistirá de cobrir assuntos ligados à área de saúde.
Quando o faz, o faz na certeza de que presta um serviço de utilidade. O jornal cumpre sua função social, a exemplo da reportagem que mostrou à época que apenas 30 por cento do público-alvo da gripe suína tinham sido vacinados em Santarém, ao contrário do que propalava o secretário José Antônio Rocha em outras veículos de comunicação.
Pego com a boca na botija, o titular da Semsa teve que trabalhar para que aquela estatística não manchasse o nome de Santarém junto ao Ministério da Saúde.
Que fique bem claro que o jornal O Estado do Tapajós jamais reivindicou benesses da Semsa ou de qualquer órgão municipal.
E por isso exige, tão somente, transparência das informações de interesse público em nome de seus milhares de leitores.
Um comentário:
Caro editor,
fica um imenso pedido de um leitor habitual deste blog, que este jornal continue indo a fundo nas quetões que realmente interessam a população, pois um jornal da envergadura do O Estado do Tapajós não pode ceder para um pequeno grupo que dificulda a digulgação de dados reais sobre os assuntos, e tentam tampar o sol com a peneira, fingindo que tudo está bem, é notório que o trânsito santareno necessita de mudanças bruscas, como infra-estrutura, sinalização horizontal e vertical, fiscalização, mas destes, o mais importante é a educação, de todos aqueles que utilizam a via para trafegar de um ponto a outro, respeitar a legislação e não debochar dela como muitos fazem por exemplo em relação a "lei seca" e em muitos outros casos.
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