terça-feira, 10 de agosto de 2010

O crescimento da aviação

Adenauer Góes
adenauergoes@gmail.com


Estamos vivenciando um ciclo de crescimento que chega a impressionar na aviação aérea brasileira, não apenas no que diz respeito à malha nacional, mas também na internacional e regional. O mundo como um todo tornou-se mais dinâmico, as pessoas estão se movimentando bem mais em todos os sentidos e a aviação representa a forma mais rápida de mobilização.

Os preços das passagens estão mais acessíveis, com o menor valor médio desde 2002-R$256,13, sendo que em relação a abril do ano passado a diminuição do valor foi de 23,9%%.

Para a ANAC- Agência Nacional de Aviação Civil, estes preços mais acessíveis significam que a concorrência está cada vez mais acirrada no setor, justamente porque esta diminuição no preço das passagens ocorreu no momento em que a demanda por vôos domésticos cresceu em 23,5%, com o preço médio pago pelo passageiro por quilometro voado de R$0,39 equivalente a um recuo de 24,6% quando comparado ao mesmo mês de 2009 e de 7,4% em relação a março deste ano.No acumulado de janeiro a abril de 2010, a tarifa média foi de R$272,44.

De acordo com análise da ANAC, estes números representam baixa de 47% quando comparado ao valor acumulado no mesmo período de 2004,quando uma passagem aérea custava na média R$514,42.De acordo com a agência, este levantamento de dados, leva em consideração os valores entre a origem dos bilhetes e o destino aéreo que é comercializado pelas empresas em 67 pontos de vôos domésticos.

Estes números são importantes colocados desta forma para que o leitor e consumidor possam acompanhar a evolução de valores dentro de um arranjo produtivo que normalmente não é registrado no nosso dia a dia e acabam por perder-se na dinâmica do processo.È preciso no entanto estar atento para a qualidade de prestação destes serviços,o qual também tem caído dentro deste acirramento da concorrência e das mudanças para diminuição de custos operacionais que as empresas tem implementado.

Acompanhando este incremento de fluxo de viajantes, o que impacta diretamente na atividade turística, as empresas aéreas tem sinalizado com a reserva para compra de novas aeronaves, projetando desta maneira uma oferta sempre crescente no número de acentos em todos os níveis de rotas. Os mega eventos como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 sinalizam que este crescimento vai continuar em ritimo acelerado.

A grande preocupação passa a ser então a infra-estrutura de nossos aeroportos, incluindo ai a prestação de serviços diretamente ligada a esta infra que vão desde controladores de vôo, até a movimentação das bagagens do avião até as esteiras onde serão retiradas pelos passageiros.
Nesta análise de crescimento fica a preocupação e de certa forma a sensação de tristeza com nosso estado do Pará, a realidade nos mostra com clareza que estamos fora dos grandes investimentos aeroviários. Ficamos de fora da Copa, volto a dizer que o prejuízo é incalculável.

Recebi recentemente o material de divulgação do Brasil distribuído na África do Sul, fazendo a promoção para 2014, apenas os 12 estados sedes estavam presentes. É para refletir mesmo,sem infra-estrutura e sem divulgação,nosso estado perde muito em competitividade.

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