quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O perigo das armas de brinquedo

Aritana Aguiar
Free lancer


“Armas de brinquedo até aquelas que parecem ser inofensivas que sai água ou bolhas de sabão incentivam a criança a ser violenta e agressiva e os jogos violentos de vídeo game têm contribuição maior”, garante a pedagoga em educação infantil Ralieny Pereira. Ela alerta que os pais devem fazer o possível para evitar que os filhos tenham esse tipo de brinquedos e controlem o que estão assistindo, pois possivelmente irá alterar a personalidade na fase adulta.<

"A fase da criança a partir dos dois anos começa a ver e ouvir os sons querendo imitá-los. Todos os programas que passam na televisão a qualquer hora do dia com cenas de violência, pessoas usando arma, a criança vê e imita aquela ação", explicou a pedagoga que trabalha em Santarém.

Segundo Ralieny quanto maior o contato da criança com esse tipo de brinquedo faz com que ele tenha uma vontade maior de praticar a ação de atirar. "Na mentalidade dela não passa apenas de uma brincadeira. Algumas crianças não acreditam que uma pessoa tenha morrido ao levar um tiro. Entende que vá sobreviver, entre dois a cinco anos não entendem a morte como realmente é a partir dos seis anos já tem conhecimento quanto à morte", garantiu. Explica também se continuar na brincadeira de matar sabe que não morre de verdade, mas com o passar dos anos mesmo entendendo a realidade ela vai continuar brincando devido o hábito, sendo então o grande problema.

A pedagoga alerta que mesmo as armas de brinquedo que saem água e bolhas de sabão que fisicamente é totalmente colorida às vezes nem parecendo ser uma arma, estão com um formato nocivo. "Esses brinquedos estão camuflados por que tem o mesmo ato de atirar, e usar a expressão em querer matar, um perigo que não é enxergado", declarou.

Mas muitas mães nem desconfiam dos riscos que os filhos correm. Para Maria Odete mãe de Felipe, de seis anos, não ver nenhum problema quanto às armas de brinquedo. "Eu sempre compro para meu filho, elas são simples e coloridas, não vejo nenhum problema", explica.

Outra alerta é que os jogos violentos de vídeo game têm uma contribuição considerável para que a criança se torne agressiva ou ser um adulto violento. “Ás vezes os pais não sabem que as crianças estão jogando determinado jogo", explicou Ralieny Pereira. Ela afirma que quando a criança chega em casa brincado de atirar, os pais alegam que foi na escola e a verdade foi dentro de casa. Ou seja, os pais não percebem que o filho está tendo contato com esse tipo de visualização.

De acordo do Raniely cada criança tem um ritmo de desenvolvimento, mas o comum que até os oito anos ela já tem a personalidade formada. Outra colocação mesmo que a criança ainda não fale os pais devem conversar com os filhos sobre o que não devem fazer. "Tem crianças que levam anos para entender são as exceções", enfatizou.

Segundo a pedagoga as crianças fazem o questionamento por que é errado brincar de atirar, matar, por que produzem a arma de brinquedo. Elas não entendem que produzir esse brinquedo pro mercado de trabalho é lucro. Reforça que os pais devem ter bastante dialogo com os filhos quanto a isso.

"É importante que a criança tenha alguma crença que seja levada pelos pais. Altera no comportamento", orientou. Segundo ela é de suma importância que a criança tenha uma atividade extra como, esporte, música, teatro, pois serve como distração, deixando até de se preocupar com os jogos e armas de brinquedo, mas deve ser algo que ela goste de fazer. E conclui: "Se a escola do filho não oferecer os pais devem procurar por fora".

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