Candidato do PMDB ao governo do Estado
Nosso Estado está abandonado. Dói, mas é verdade. Em áreas fundamentais da administração pública, como segurança, saúde e educação, temos alguns dos piores índices nacionais. Somos o 4º estado mais violento do país. Ocupamos sempre os últimos lugares no ranking de repasse de verbas do SUS e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB. Tudo isso se reflete negativamente na vida das pessoas. E o povo do Pará não merece isso. Diante desse quadro, fica evidente que nossa candidatura representa a via de mudança. Não apenas porque nunca tivemos oportunidade de governar (como alguns de nossos adversários já tiveram), mas porque temos propostas concretas e realistas para mudar a cara do Pará.
Não resta dúvida de que segurança e saúde serão prioridades e vão merecer ações imediatas. Mas sou convicto de que a verdadeira mudança começa pela educação. Eu conheço o poder transformador da educação porque estudei e dei aula em escola pública. Nasci pobre, filho de pescador na Vigia, e foi com muita determinação que venci na vida, formando-me engenheiro civil e professor. Se hoje sou presidente da Assembléia Legislativa do Estado, depois de ter sido vereador, prefeito, deputado estadual e deputado federal, devo isso também ao ensino público de qualidade que recebi. E desejo, como governante, oferecer essa mesma oportunidade para todos os paraenses, para que logo, logo, num futuro bem próximo, os mais humildes possam disputar uma vaga nas universidades em igualdade de condições com aqueles que podem pagar seus estudos. Isso é um direito básico de qualquer cidadão.
Nós vamos enfrentar esse desafio com o programa Professor Nota 10, que vai promover ações de qualificação continuada e melhorias salariais acordadas em negociação permanente com a categoria. Isso vai melhorar a qualidade do ensino e evitar as greves que comprometem o período letivo dos alunos. Vamos implementar, ainda, o programa Sucesso Escolar, com a finalidade de oferecer reforço aos alunos e reduzir os índices de repetência e evasão escolar. Outras ações na área da educação serão as reforma e ampliação da rede física, com a construção de novas salas de aula proporcionais ao fluxo de matrículas em cada região do estado.
Na área da segurança, vamos trazer para Belém as UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora, que estão dando certo pelas mãos do governo do PMDB no Rio de Janeiro. As UPPs são unidades com cerca de 100 policiais cada uma, instaladas após a ocupação de áreas de risco. Além das patrulhas na área, essas unidades servem de base a ações sociais, como serviço de creches, além de atividades esportivas e culturais. Antes mesmo de implantá-las, vamos fazer concurso público e aumentar o efetivo, que está defasado há anos. Também vamos contratar delegados para trabalhar em cerca de 40 municípios desassistidos e construir delegacias em nove municípios que não as possuem.
Temos propostas concretas também para área da saúde. Vamos implantar os AMEs, Atendimentos Médicos Especializados, que vão oferecer consultas com médicos especialistas e realizar diversos tipos de exames, ajudando a desafogar os hospitais. E com o programa Mães do Pará, vamos oferecer exames pré-natais, parto, enxoval e outras ações para mães e bebês durante e depois da gravidez. E com o programa Saúde em Casa, vamos entregar medicamentos em domicílio a pacientes que fazem tratamento continuado.
O desemprego e a falta de qualificação serão enfrentados juntos, com o programa Pará Profissional. Através dele, vamos implantar escolas profissionalizantes em todas as regiões do Pará, para oferecer cursos nas áreas de mineração, siderurgia, turismo e informática, entre outras, e capacitar nossa população para ocupar postos de trabalho, enfrentando a concorrência com trabalhadores de outros estados.
Mas existe uma questão crucial que, em certa medida, é a causa de muitos dos nossos problemas. Estou falando do abandono em que se encontram os municípios, sem recursos para investir. Um dos nossos princípios será governar para todo o Pará, distribuindo melhor o dinheiro público, e fazendo com que cada município defina suas prioridades. Vamos criar Gerências Regionais que, em parceria com prefeitos, vereadores e a comunidade, vão definir onde e como os recursos serão investidos. Também haverá um programa de financiamento para investir nas vocações naturais de cada região, qualificando mão-de-obra e incentivando a produção.
Em síntese, vamos dar um choque de gestão no Pará, mas isso não significa promover demissões ou cortar salários. Ao contrário, significa que está na hora de administrar a máquina pública com responsabilidade, cortando gastos supérfluos para poder aplicar os recursos em obras e ações que representem, de fato, melhorias para a população. Precisamos também redescobrir aquele orgulho em sermos paraenses, que já cultivamos melhor um dia. E construir um Pará melhor para todos.(Texto escrito para o Blog Espaço Aberto)
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