Da redação
De acordo com o biólogo do Centro de Zoonoze de Santarém, Gelvane Dourado, uma média de 150 a 200 cães dão entrada por semana no CCZ. "Esses cães estão doentes com calazar e outras doenças, mas o maior problema é o calazar, então acabam sendo sacrificados. Animais doentes são um perigo para a população", enfatizou. No sábado (18) o CCZ comandou uma campanha de vacinação antirrábica na zona urbana de 36 mil animais, sendo cães e gatos. E até outubro, incluindo a zona rural, esse número chegará a 59 mil vacinações.
" Há 10 anos tivemos o último caso de raiva canina. Uns dois anos tivemos um caso de raiva bovina, na região de Mojui dos Campos", informou. E completa que a raiva é uma doença irreversível tanto o homem e o animal. E também nunca tiveram um registro de raiva em felinos.
Afirma ainda que calazar é muito rotineiro na cidade, principalmente nos cães. No momento apenas uma carrocinha está fazendo o trabalho de coleta de animais. " No momento recolhemos somente os cães comprovados em nosso laboratório que estão com calazar. E a solicitação feita por famílias quando percebem que o animal está doente", explicou.
Para fazer a coleta de sangue segundo o biólogo os donos levam os animais ao centro ou vão às casas a pedido fazerem a coleta de sangue. Comprovado imediatamente é recolhido para o sacrifício, para não por em risco as vidas das famílias.
Desde o inicio do ano o CCZ não está fazendo a captura de cães na rua, por haver apenas um carro. "Estamos esperando a chegada de outro, agora em outubro para voltarmos a fazer a captura de rua", declarou Gelvane Dourado.
Dos 150 a 200 cães que dão entrada no CCZ por doença a maior parte, segundo o biólogo, é por solicitação dos donos, para fazer a busca.
"Tem situações em que cães são recolhidos a pedido dos donos por que não querem mais criar o animal ou quando a cadela acaba tendo vários filhotes. Outro por viajarem não tem com quem deixar então nos entregam e ficam para doação, claro que esses animais devem está saudável", explica.
Segundo o biólogo do CCZ, Gelvane Dourado, há uma equipe que faz visita nos bairros na coleta de sangue para saber se os animais não estão com calazar. "Todos os bairros são visitados, mas obedece determinado critério. Primeiro são os bairros que dão casos de calazar humano. Depois, bairros de maiores índices de calazar canino", informou. Completando que há equipe de entomologia que faz a captura dos vetores.
Gelvane Dourado informa que até outubro deste ano esperasse a chegada de um carro de reboque para animais de grande porte. Em Santarém muito se encontra nas ruas, são cavalos.
"Mesmo ainda não tendo um carro especifico para rebocarmos cavalos, pessoas fazem denuncias quanto a cavalos soltos e principalmente quanto a maus tratos", explica. Devido às dificuldades de transporte de acordo com o biólogo não é possível fazer rondas para capturar cavalos, por enquanto somente através de denuncias.
Explica que os cavalos recolhidos e ao serem examinados pelo veterinário do CCZ e comprovar que estão inábeis, então eles autorizam o sacrifício. "Há casos de cavalos que nem conseguem mais andar", informa.
Os cavalos com boas condições de saúde ficam durante uma semana no CCZ a espera do dono. Não comparecendo então fica para doação. Por semana segundo o biólogo duas vezes denuncias são feitas quanto cavalos soltos dentre outros. Para ele isso é pouco por haver muitos animais na cidade.
Na campanha nacional de vacinação antirrábica tem como meta de vacinação na zona urbana em Santarém 36 mil para cães e gatos. Após essa data estarão vacinando somente no CCZ.
Serão espalhados na cidade 102 postos de vacinação, incluindo centros de saúde, algumas escolas e associações de bairros.
Estudantes da área de saúde estarão fazendo vacinando os animais, como voluntários e já fizeram o treinamento no próprio CCZ.
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