quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ecos do Congresso da ABAV

Adenauer Góes
adenauergoes@gmail.com  


Conforme eu havia comentado em artigo que antecedeu o Congresso da ABAV, o tema sobre a diminuição da comissão na venda de passagens aos agentes de viagens pelas companhias aéreas voltaria a ser objeto de ampla discussão. Seguindo a tendência mundial a IATA, entidade que congrega as empresas aéreas internacionais, propõe o fim do pagamento destas comissões.Existe nesta questão o risco de que este custo seja repassado ao consumidor,o que segundo analistas representaria uma bitributação e a séria ameaça da perda de ganho  mais significativa para os agentes, pois muito provavelmente o consumidor faria a opção de utilizar ainda mais as compras online, as quais atualmente já garantem em muitos casos preços mais vantajosos.
Mais uma vez fica patente, a necessidade que tem o agente de viagens de procurar alternativas que lhe permitam manter-se atuante no mercado, é importante que o mesmo busque diversificar sua carteira de produtos e serviços, mantendo-se desta forma atraente ao consumidor e criando alternativas de renda. É preciso assumir de vez o papel de consultor de viagens, e para que isto possa acontecer na pratica, o agente de viagens necessita conhecer cada vez mais o seu cliente de modo a oferecer ao mesmo um produto e serviços que atenda plenamente sua expectativa.A disputa com a internet parece efetivamente perdida no que diz respeito ao quesito preço, resta então o caminho do produto e do serviço de qualidade, ofertado na prateleira das agências, com total conhecimento,informações e domínio do mesmo.Este é o diferencial que o agente de viagens pode e deve ofertar ao cliente e desta forma fidelizá-lo, fazendo com que sua viagem seja inesquecível,prazerosa e cheia de boas recordações.
O agente de viagens deve conhecer a tal ponto seu cliente, que os hábitos, costumes e expectativas devem fazer parte do feeling, a semelhança de procedimento estratégico. Em um dos seminários sobre cruzeiros marítimos, o conselho foi este mesmo:saber exatamente o tipo de viagem que agrada e o que o cliente espera de um programa deste tipo, a meta a ser alcançada é sempre a de superar as expectativas do mesmo.Se o agente consegue alcançar esta meta, ele pode ficar certo de que fidelizou o cliente e de que ele voltará a sua agência para adquirir um novo pacote.
A especialização em determinado nicho de mercado é também outra tendência e alternativa que ganha espaço, pois é capaz de oferecer produto diferenciado, através de profissionais que tenham completo domínio sobre os produtos ofertados.
Outra questão que ficou bem clara neste Congresso, é que a ABAV deve aproximar-se ainda mais dos agentes e estar cada vez mais aberta ás sugestões deles. Há quase que unanimidade na solicitação de maiores investimentos na qualificação dos profissionais do setor.
Não há clima para pensar neste momento em mudar a sede da ABAV do Rio de Janeiro, porém ficou bem clara a necessidade de maior sintonia entre os diversos setores da atividade turística. Um exemplo que causou muitos comentários, é o de que o setor hoteleiro parece não estar em sintonia com um evento desta magnitude e sintonia, pois foi pequeno o percentual de hotéis que prestigiou os agentes através de descontos em suas diárias.

                                                                                                                                             

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai de nós santarenos se não fosse o hospital regional...estaríamos perdidos....