domingo, 7 de novembro de 2010

Para repensar o futebol santareno


Antenor Pereira Giovannini

Caro Editor

Por mais que haja paixão quando se fala em futebol creio que a razão deveria cair sobre todos os dirigentes santarenos que lidam com futebol profissional e avaliarem depois dessas experiências onde um time subiu de uma série e caiu novamente em menos de 1 ano, e o outro tentou retornar sem sucesso ao futebol profissional, que existem barreiras intransponiveis (por melhor vontade que se tenha) e que hoje se trabalhar com futebol profissional em cidade do interior, se torna um sacrificio supremo cujo retorno nem sempre é o desejável e com saldos financeiros muitas vêzes abalados. 

Poderiam os dirigentes, sem bandeiras, sem camisas, os jornalistas esportivos ou não, sentarem à mesa e discutirem até que ponto é válido se ter nos dias, nas condições atuais um time de futebol profissional. Sem paixão apenas deixando a razão ser a tônica. Quanto custou ao S.Raimundo e ao São Francisco manter comissão técnica, jogadores, infra-estrutura, viagens, hospedagens, material de treino, alimentação, material de jogo, e o que ainda ficou pendente passada a desclassificação . Não valeria muito mais a pena, diante dos altos custos, montar celeiros de jogadores e quem sabe de homens? 

Não valeria a pena investir numa boa infra-estrutura para jovens de sub 15 , sub 17 , sub 20 e a partir daí procurar novos Gansos, novos Giovanis, e usufruir da venda desses atletas para reinvestir e a medida que um time estivesse no sub-20 tentar alçar voos maiores ? Mas, começando de baixo. Participar de torneios como Copa São Paulo, Copa Minas , Copa Sul e esses garotos adquirindo fama e conhecimento? 

E a torcida? Ela com trabalho bem feito apoiaria essa nova visão. De que adianta ter no elenco jogadores rodados e que pouco ou quase nada trazem e ainda levam do clube? É preferivel um jovem com talento que pode ser melhor trabalhado e valorizado. Depois de montada essa base quem sabe uma parceria com algum clube europeu, ou do leste europeu, para que ajudasse na manutenção desse centro de treinamento onde além de jogadores poderiam dar a esses jovens condições de serem antes de tudo homens.
 
Não seria a hora de repensar do que insistir com futebol profissional em Santarém onde se chega ao cúmulo de disputar um campeonato a 1000 km de sua sede e o transporte é avião, o que torna ilógico aos custos de hoje?
Fica a sugestão de alguém que já viu esse filme e passado em uma cidade de alto poder aquisitivo no interior de São Paulo, mas , usando apenas a razão.
 
Se misturar emoção, paixão de torcedor tudo isso se torna palavras ao vento.

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