sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vergonha azulina


Cartolas e dirigentes do São Francisco abandoram praticamente os atletas em Belém, após a derrota do Izabelene por 2x0, o que selou a desclassificação do leãozinho santareno para a próxima fase da seletiva do Parazão 2011.

Coube apenas ao técnico Tiago Amorim comandar o regresso dos atletas em voo da TAM que aterrissou em Santarém no final da noite de ontem.

Cartolas e dirigentes, que antes gostavam de se juntar ao grupo para aparecer em fotografias, não quiseram mais se misturar ao rebotalho do time.


Se o leãozinho tivesse se classificado não faltariam papagaios-de-piratas em busca dos refletores e flahs.


É que a vitória tem muitos pais, mas a derrota é orfã.

4 comentários:

Bruno Moura disse...

Caro Miguel você está equivocado. Estive até o último momento no hotel em Belém acompanhando a delegação. Tudo foi organizado antes e após o jogo para que nada faltasse aos jogadores e comissão técnica. Aliás você pode perguntar a qualquer jogador do clube ou a comissão técnica se algo faltou nesses meses de trabalho. Foram dadas todas as condições a eles. Nunca faltou ônibus, campo para treinos, alojamento e outros. Nosso time ficou muito bem hospedado em Belém, com todo conforto, inclusive após a desclassificação. Com essa diretoria ninguém passa fome ou dorme no chão de aeroporto.
Após encontro e conversa com os jogadores por volta de meio dia de ontem, a delegação seguiu a noite para Santarém sob o comando do chefe da delegação Jorge Miranda, pois a noite tive compromissos familiares e não pude acompanha-los. Como tudo estava ORGANIZADO, não houve nenhum problema no embarque da delegação.
Enfim Miguel, pode ter certeza que nessa diretoria não tem papagaio de pirata. Tem sim diretores que se preocupam em fazer o São Francisco grande novamente.
O primeiro passo foi dado. A próxima diretoria que virá encontrará um clube organizado, muito diferente do clube que encontramos, um clube que quase não existia realmente
Um abraço
PS: você tem o meu número de celular e sempre estou a disposição para esclarecimentos
Bruno Moura- Vice Presidente do São Francisco Futebol Clube

Anônimo disse...

É Miguel, esses "diretores" pensaram que a coisa era facil.Precisam saber que a rapadura é doce mas não é mole. Vão aprender a fazer futebol bando de aprendiz.

Azulino disse...

E a conta quem vai pagar? a próxima diretoria? pois pelo visto esta já entregou o boné, assim é fácil.

Anônimo disse...

Caro Editor
Por mais que haja paixão quando se fala em futebol creio que a razão deveria cair sobre todos os dirigentes santarenos que lidam com futebol profissional e avaliarem depois dessas experiências onde um time subiu de uma série e caiu novamente em menos de 1 ano, e o outro tentou retornar sem sucesso ao futebol profissional, que existem barreiras intransponiveis (por melhor vontade que se tenha) e que hoje se trabalhar com futebol profissional em cidade do interior, se torna um sacrificio supremo cujo retorno nem sempre é o desejável e com saldos financeiros muitas vêzes abalados. Poderiam os dirigentes, sem bandeiras, sem camisas, os jornalistas esportivos ou não, sentarem à mesa e discutirem até que ponto é válido se ter nos dias, nas condições atuais um time de futebol profissional. Sem paixão apenas deixando a razão ser a tônica. Quanto custou ao S.Raimundo e ao São Francisco manter comissão técnica, jogadores, infra-estrutura, viagens, hospedagens, material de treino, alimentação, material de jogo, e o que ainda ficou pendente passada a desclassificação . Não valeria muito mais a pena, diante dos altos custos, montar celeiros de jogadores e quem sabe de homens? Não valeria a pena investir numa boa infra-estrutura para jovens de sub 15 , sub 17 , sub 20 e a partir daí procurar novos Gansos, novos Giovanis, e usufruir da venda desses atletas para reinvestir e a medida que um time estivesse no sub-20 tentar alçar voos maiores ? Mas, começando de baixo. Participar de torneios como Copa São Paulo, Copa Minas , Copa Sul e esses garotos adquirindo fama e conhecimento? E a torcida? Ela com trabalho bem feito apoiaria essa nova visão. De que adianta ter no elenco jogadores rodados e que pouco ou quase nada trazem e ainda levam do clube? É preferivel um jovem com talento que pode ser melhor trabalhado e valorizado. Depois de montada essa base quem sabe uma parceria com algum clube europeu, ou do leste europeu, para que ajudasse na manutenção desse centro de treinamento onde além de jogadores poderiam dar a esses jovens condições de serem antes de tudo homens.
Não seria a hora de repensar do que insistir com futebol profissional em Santarém onde se chega ao cúmulo de disputar um campeonato a 1000 km de sua sede e o transporte é avião, o que torna ilógico aos custos de hoje?
Fica a sugestão de alguém que já viu esse filme e passado em uma cidade de alto poder aquisitivo no interior de São Paulo, mas , usando apenas a razão.
Se misturar emoção, paixão de torcedor tudo isso se torna palavras ao vento.

Antenor Pereira Giovannini