segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Conselho de farmácia acusado de favorecer grandes redes


O presidente do Conselho Regional de Farmácias no Pará (CRFPA), Daniel Jackson, estaria fazendo lobby para favorecer grupos empresariais de Belém no mercado santareno. A denúncia foi feita à redação de O Estado do Tapajós por empresários e farmacêuticos de Santarém. Eles não quiseram se identificar com medo de represálias.
Segundo a denúncia, o presidente está dificultando a negociação da categoria junto ao Ministério Público Estadual. O objetivo seria provocar o fechamento de farmácias em Santarém para favorecer grupos farmacêuticos de Belém, como a Extrafarma e a Big Ben.

O impasse gira em torno de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre o Conselho, Ministério Público Estadual e empresários proprietários de farmácias. O instrumento jurídico aumenta o tempo de permanência obrigatório dos farmacêuticos nas farmácias em Santarém. Atualmente, são duas horas por dia em locais sem a venda de remédios controlados, sem ocorrer a venda de controlados esse tempo passa para quatro horas.

O TAC determina que o aumento ocorra de duas horas para quatro e de quatro para seis horas. O que para os farmacêuticos é inviável porque não existem profissionais suficientes na cidade e pode ocorrer o fechamento de várias farmácias. "Esse fechamento favorece os grandes grupos vindos da capital do estado", argumenta um dos denunciantes.

Por outro lado, os farmacêuticos estariam negociando a carga horária com os donos de farmácias e recebendo sem comparecer ao estabelecimento para tirar plantão.

Em entrevista exclusiva a O Estado do Tapajós, o presidente do Conselho Regional de Farmácia no Pará, Daniel Jackson, afirma que dificilmente será modificado o horário de permanência dos farmacêuticos nas farmácias de Santarém.
O presidente afirma que Santarém possui 71 farmacêuticos e cerca de 100 farmácias e que só haverá fechamento desses estabelecimentos se houver "falta de vontade" de terceiros. Ele diz que o TAC é um instrumento precioso e que os empresários tiveram tempo suficiente para se adequarem às exigências.

Leia a entrevista completa na edição impressa de O Estado do Tapajós, que está nas bancas de jornais.

Um comentário:

Anderson Carnon disse...

O CRF-PA só está cumprindo com o dever dele.E os empresários, donos de farmácia de Santarém tem que se ajustar quanto a Lei Federal(5991/73).Medicamento é coisa séria,farmácia é um estabelecimento de saúde, precisa de um responsável técnico para orientar e aconselhar o paciente quanto ao uso correto de seus medicamentos.Nesse contexto quem sai ganhando é a população.