sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Defesa Civil não tem geólogo para mapear áreas de risco em Santarém

A Secretaria Municipal de Defesa Cidadã quer a inclusão de um geólogo na equipe da Defesa Civil. A presença do profissional é extrema relevância para ajudar a identificar os pontos críticos da cidade neste período chuvoso. Mas, por enquanto, a Defesa Civil não dispõe desse profissional em quadro técnico.

"Até 15 de fevereiro, um engenheiro civil e um assistente social entrará na equipe. Estamos tentando junto ao governo que nos ajude a trazer para a equipe um geólogo. Atualmente, nós chamamos de levantamento de área de risco o trabalho que fizemos em 2010, nós não denominamos de mapeamento, só podemos denominar de mapeamento quando for feito uma vistoria técnica", esclareceu o secretário da SEMSC, Luiz Alberto Cruz.


Algumas tragédias podem ser evitadas com uma simples análise do solo onde estão as moradias afetadas pelas chuvas. "Essa equipe vem para nos ajudar nesse levantamento técnico para que possamos denominar de mapeamento de área de risco com laudos técnicos que caracterize por que a área foi definida como área de risco", afirma Luiz Alberto e completa: "O geólogo faz a analise de solo e o engenheiro civil a situação estrutural".


De acordo com o secretário, com esse trabalho geológico é possível ter condições de fazer projetos estruturais preventivos, para resolver definitivamente ou pelo menos minimizar ao máximo os riscos encontrados nas áreas de alguns bairros.


E com o levantamento já realizado, a Defesa Civil já foram identificados pontos críticos nos bairros Santo André (buracão), Uruará, Mapiri, Caranazal, Matinha e Esperança.
Na última sexta-feira,21, a forte chuva que caiu na cidade atingiu as 23 famílias que moravam na área denominada 'Buracão' no Santo André. "Todas as famílias devem ser removidas, sendo que algumas já estão em casas alugadas e para outras estamos alugando imóveis para que possam ser remanejadas. Esse trabalho integrado é para evitar que novas famílias possam ocupar o buracão do Santo André", afirmou o secretário. Das 23 famílias, 17 vão receber casas que estão sendo construídas no bairro Alvorada e seis ganharão terreno da prefeitura.


Segundo a prefeita Maria do Carmo, uma família que mora no buracão está resistindo em sair do local. "A família se nega a sair, até onde fui informada. Nós estamos tentando retirá-la no diálogo, pois no buracão será aberta uma nova frente de coleta de entulho. Lá, será um novo aterro de entulho".


De acordo com a gestora, até dia 28 de janeiro, a prefeitura vai entrar na justiça para ter o direito de tentar retirar a senhora que mora na casa. O secretário Luiz Alberto afirmou que o motivo da prefeitura em resolver a situação dos moradores do Santo André é pelo fato de serem poucas famílias ao contrário do Uruará e Mapiri que chega a passar de 100 em cada bairro.


"Há duas semanas, juntamente com a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura) fizemos uma visita nos locais de risco é para que os técnicos da infraestrutura juntamente conosco, pudéssemos avaliar a situação e ver o que é possível fazer, pois se não resolver totalmente, mas amenizar os riscos dessas áreas nesse período chuvoso", disse Luiz Alberto.


O secretário esclarece que o remanejamento das famílias que devem ser beneficiadas com o PAC não depende exatamente da Defesa Civil. "Para as obras do PAC existe uma coordenadoria não somente para as obras como também para resolver os problemas que vem ocorrendo, inclusive de remanejamento das famílias e aluguel de casas".


Os alugueis das casas para as famílias do Santo André será pago pela Secretaria de Segurança Cidadã. Luiz Alberto garante que foi solicitada uma audiência com a secretária da Seminf, Alba Valéria Lima, para falar sobre a necessidade de se fazer um trabalho que amenize o sofrimento das famílias que residem em áreas de risco.

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