Aritana Aguiar
Free Lancer
Nenhuma casa. Esse é o saldo do programa 'Minha Casa, Minha Vida', do governo federal, em Santarém. A demora no início das obras também dá outro título ao município: a única cidade no Brasil contemplada pelo programa onde as obras não iniciaram.
Como os recursos são liberados às outras cidades, à medida que as casas são construídas, Santarém corre o risco de ter o número de casas previstas reduzido ou mesmo perder a execução do programa.
O secretário municipal de habitação, Beto Frazão, assegurou que a partir do segundo semestre de 2011 iniciarão as obras do programa habitacional 'Minha Casa, Minha Vida'. Serão construídas 3.081 casas às margens da avenida Fernando Guilhon.
"O motivo de não termos iniciado as obras é que está faltando a assinatura do contrato com a empresa que apresentou o projeto", esclareceu Beto. Ele garantiu que neste mês de fevereiro o contrato será assinado.
Segundo Beto Frazão, a empresa responsável pela obra, 'Em Casa', está esperando um possível reajuste na obra por que a tabela que está sendo utilizada é de dezembro de 2008. "Foi sinalizado um reajuste de 4%. Independente do reajuste esse contrato deve ser assinado no mês de fevereiro, em função das chuvas, até que comecem a mobilizar, pois a obra deve durar de 18 a 24 meses", informou.
O secretário esclarece que o contrato deveria ter sido assinado ainda em 2010. Problemas no orçamento do governo federal e indefinições técnicas no projeto ajudaram a atrasar o início das obras. Segundo Frazão, foi observado no projeto que a área de arborização estava em um tamanho pequeno e deveria ser maior. Larguras de ruas também foram aumentadas. Algumas ruas deverão ter 20 metros de largura.
"Algumas adaptações que a prefeita exigiu teve que mudar o projeto, por ser muito grande, o maior do Brasil, foi necessário fazer alterações para haver confluência com os bairros da Conquista e Alvorada, tivemos que encaixar cada mudança feita demora para que fosse executado o projeto", explica Beto.
Após a assinatura do contrato, terão início as inscrições para cadastro das famílias. "O intuito é não gerar uma expectativa na população que não seja plausível", disse Beto.
O local foi avalizado pela prefeitura e órgãos competentes no que diz respeito às licenças ambientais. Tudo dentro do que foi exigido pela Caixa Econômica e o Ministério das Cidades.
O valor destinado à obra era de aproximadamente 116 milhões de reais. Calcula-se que, com o reajuste, o custo total alcance, mas não ultrapasse os R$ 130 milhões.
Famílias beneficiadas
As famílias beneficiadas que terão direito a uma casa devem ter renda mensal a até três salários mínimos. Será feito um cadastro que é avaliado pela CEF. O banco vai averiguar a renda da pessoa e se ela não possui algum imóvel. 3% das casas serão destinadas a idosos e deficientes. As casas serão adaptadas para essas pessoas, no caso dos deficientes será um pouco maior. As associações comunitárias vão ajudar a selecionar as famílias que vão ser contempladas.
O local será todo urbanizado, com pavimentação, calçamento para deficientes, para idosos, terá escola, paradas de ônibus recuada, inclui posto de saúde, tratamento de água, caixa d'água e poço profundo próprio, centro comunitário e campo de lazer.
Empregos
De acordo com secretário, a obra irá gerar três mil empregos diretos. A empresa informou que será contratado um pedreiro por casa. "Isso vai aquecer o mercado em Santarém", comemorou Beto Frazão. "A grande função do projeto não é somente fomentar a habitação como aquecer a economia das cidades de pequeno e médio porte", acrescentou o secretário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário