segunda-feira, 21 de março de 2011

Governo do Estado alerta para os cuidados com a segurança pública em Belo Monte


O vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, coordenador do Grupo de Trabalho de Belo Monte - GTBM , ressaltou que eventos violentos que estão acontecendo no canteiro da obra da usina de Jirau, em Rondônia, constituem um sério alerta para a necessidade de um planejamento rigoroso quanto às repercussões sociais, especialmente na área de segurança pública, decorrentes de grandes projetos hidrelétricos na Amazônia.
Segundo Helenilson Pontes, o Governo está preparando um amplo planejamento estratégico para que não ocorra em Belo Monte o que está acontecendo em Jirau. De acordo com ele o GTBM já está estudando todos os aspectos necessários para cobrar do Consórcio Norte Energia - responsável pela Usina de Belo Monte, o cumprimento de todas as medidas condicionantes acordadas durante o processo de licenciamento da obra, em especial as relacionadas à segurança pública, educação e saúde, tripé essencial para garantir o bem estar de todos os habitantes da região afetada pela obra, a qual receberá um considerável fluxo migratório de brasileiros vindos de outras partes do país.
"Desde que o GTBM foi instalado, em fevereiro deste ano, temos trabalhado na construção de um elenco de medidas concretas nas área da saúde, educação e segurança pública, imprescindíveis para o tratamento das repercussões negativas trazidas pela obra, não apenas durante a sua realização, mas, sobretudo, após a sua conclusão, quando milhares de pessoas continuarão demandando serviços públicos", informou o vice-governador.
Sobre a Usina em Jirau
Na sexta-feira, 18 de março, cerca de 200 trabalhadores da Usina Hidrelética de Jirau (Ro) atearam fogo em 45 ônibus e 15 blocos de dormitórios no complexo do canteiro de obras onde está sendo instalada a usina. O protesto dos operários foi por melhores condições de trabalho. A empresa Camargo Correia é a titular do consórcio Energia do Brasil, responsável pela obra.
Segundo o vice-governador, "os distúrbios violentos ocorridos em Jirau vêm confirmar as nossas preocupações com o aparato de segurança pública que uma obra desta magnitude requer, por isso estamos convencidos da imperativa necessidade da elaboração e concretização urgente de medidas antecipatórias na área da segurança pública, para que estes lamentáveis fatos não se reproduzam em Belo Monte. Este é um desafio que deve ser encarado por todos, Estado, sociedade civil e o consórcio responsável pela obra", enfatizou. (Dani Franco - Ascom Vice-Governadoria)

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