Aritana Aguiar eAlailson Muniz
Repórteres
A tragédia que ocorreu na escola Tasso Oliveira, no bairro Realengo, no Rio de Janeiro, trás à tona uma questão: as escolas brasileiras são realmente seguras? Elas estão vulneráveis a esse tipo de violência?
Para saber, nossa reportagem visitou em algumas escolas das redes particular e pública de ensino de Santarém. Constatou-se que as unidades de ensino da rede pública estão mais vulneráveis a esse tipo de violência. Algumas já chegaram inclusive a ser destaque em noticiários de polícia como foi o caso da escola São Francisco. Lá, em 2008, o vigia noturno da escola Enaldo Marques de Castro foi barbaramente assassinado a facadas. Também há registros de confrontos de gagues dentro das escolas. Mas o que fazer para evitar esse tipo de situação?
Alguns detalhes são cruciais para garantir a segurança dos professores e estudantes dentro das escolas. Nem todas as escolas públicas dispõem de vigia por 24 horas. Algumas ainda têm porteiros durante o dia e vigias à noite. Mas a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promete adotar um rígido protocolo de acesso para impedir a entrada de pessoas não identificadas nas escolas, entre os quais agendamento telefônico de visita e solicitação de documentos, portões de entrada fechados nos horários de aula e crachás para visitantes.
No colégio estadual Rodrigues dos Santos, que fica no centro comercial da cidade, o vice-diretor José Ribamar explica que existe apenas uma porta que serve de entrada e saída tanto para alunos quanto para funcionários e estranhos. "No colégio Rodrigues dos Santos fica um pouco mais fácil porque nós só temos uma entrada. O portão de entrada tem que ser o mesmo de saída, ficamos observando todas as pessoas na hora da entrada, se surge alguma pessoa estranha, a gente vai saber dele o que ele quer, com quem ele quer falar, se ele tem algum membro da família aqui na escola", informou.
De acordo com o vice-diretor e assim observado pela reportagem, não há um porteiro na escola. "Mas sim um auxiliar de disciplina que nós auxilia na entrada, agora o vice-diretor no horário da entrada, está junto observando todos os detalhes". Após a entrada dos alunos, o portão se mantém fechado. O aluno só pode sair com autorização e alguém estranha só entra com autorização.
Segurança nas particulares
Na escola particular Dom Amando, o diretor pedagogo do fundamental I e II, José Maria Feitosa, informa que a escola tem um efetivo de funcionários que, independentemente de sua função, devem observar se há alguém estranho no interior do colégio. "Como a escola tem um efetivo acima de 150 funcionários todos são orientados para que se vir qualquer pessoa diferente avise, um dos pontos é esse. Na porta de entrada do colégio tem sempre um vigia para controlar a entrada de estranhos principalmente, que não é o caso de nossos alunos, funcionários, e fornecedores que já são conhecidos", esclareceu.
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