Miguel Oliveira
Mas Itaituba, município vizinho a Santarém, verá essa partida. A mesma sorte não terão, por exemplo, os telespectadores de Monte Alegre e Oriximiná, que recebem o sinal da Tv Tapajós.
A emissora santarena alega que, mesmo o sinal do jogo estando disponível para as praças do Nordeste e Norte, não tem como arcar com os custos da transmissão que inclui, além de despesas do satélite, os direitos de arena que são devidos aos clubes e à CBF. Um plano de comercialização para Bahia x Paysandu seria demasiadamente pesado para ser bancado pelos anunciantes locais. Por isso, a Tv Tapajós optou por exibir o jogo do Fluminense pela Taça Libertadores.
O exemplo desse jogo vem à guisa da imensidão do território paraense que, mesmo com os avanços das telecomunicações, não consegue se integrar através do esporte. Os jogos do São Raimundo, no campeonato paraense, por exemplo não são transmitidos para Santarém porque a cidade não dispõe de, ao menos, uma repetidora da TV Cultura, que detém os direitos de transmissão do Parazão.
São por essas e outras situações que, em futuro não muito remoto, a redivisão territorial precisará ser feita na lei porque hoje, na prática, essa divisão já existe.
3 comentários:
Tiro certeiro, caro Miguel !
Sua postagem diz tudo sem firulas.
isso é o atrazo do estado, os empresários não se preocupam com a população do estado, se isso fosse num estado do sudeste não tinha esse problema de compra de satelite, porque os empresários fariam.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Logo, uma coisa não tem haver com a outra! O fato de não passar o jogo do Paysandu aqui em Santarém não demonstra que o Estado é mais ou menos unido. Ao meu ver, o que é mais conveniente, aos olhos por exemplo da Rede Globo e da TV Tapajós é colocar na cabeça de (pobres) torcedores, fora do eixo sul sudeste, leia-se NORTE E NORDESTE, que devem torcer para times de lá. É engraçado ver a quantidade de flamenguista, fluminenses, corinthianos, enfim, os famosos MISTOS aqui em Santarém, mas são poucos os que torcem, por exemplo, para o Paysandu, Remo e São Raimundo, e os que torcem para o São Raimundo, ainda bradam com orgulho, torço pro São Raimundo no Pará, Flamengo no RJ, Corinthians em SP e, sacramenta, BRASIL! Enfim, a questão é que o Belenense tem orgulho de dizer que é do Pará e que no caso futebolístico ou torce pra remo ou pra paysandu (na maioria das vezes), diferente do povo de Santarém que é um torcedor multiestados. A título de informação, quando o São Raimundo foi campeão da série D, a demanda em assistir os jogos em Belém foi imensa, todos torceram, mas aposto se fosse o inverso isso ia acontecer! Esse ranso, rancor, enfim, qualquer termo que seja é mais pra dar vazão a algo que diz respeito a um sentimento de desvalorização que só vocês assumem que existe.
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