Sebastião Hoyos: custos elevados do embalsamamento inviabilizam sepultamento do corpo (foto de Fernando Araújo/O LIBERAL) |
O corpo de Sebastião Hoyos, paraense de Santarém, que morreu na segunda-feira (20), em Genebra, na Suíça, não deverá ser enterrado em sua terra natal, como ele queria. O corpo deverá ser cremado na Suíça mesmo. As cinzas, trazidas por familiares de Hoyos, devem chegar ao Brasil no final desta semana e ficarão depositadas em algum lugar da Pérola do Tapajós, em data ainda não definida.
Familiares de Sebastião Hoyos ainda cogitaram a possibilidade de satisfazer a seu desejo de ter o corpo sepultado. Mas os custos do embalsamamento se revelaram inviáveis financeiramente, uma vez que custaria muito caro conservar o corpo por mais de dez dias, sem contar com os custos do traslado da Europa para Santarém.
Ex-militante e figura emblemática na luta pelos direitos humanos, Sebastião Hoyos morreu de ataque cardíaco, aos 77 anos. Nos anos 90, ele ganhou notoriedade no mundo inteiro nos anos 90, ao ser acusado injustamente de participar de um assalto a um banco da Suíça, no qual foram roubados R$ 31 milhões de francos suíços, moeda local. Ele era chefe de segurança da instituição, a União de Bancos Suíços (UBS), uma das maiores do segmento no país.
Militante comunista, ele deixou o Brasil por perseguição política à ditadura militar a partir de 1964 e chegou a cumprir quatro anos de prisão, dos sete a que foi condenado por cumplicidade no crime. No segundo julgamento a qual tinha direito, Sebastião Hoyos foi absolvido por falta de provas e vícios processuais da acusação.(Espaço Aberto)
Um comentário:
Será cremado em Santarém? Essa notícia está meio estranha, já que Santarém não tem crematório...acredito que ele será cremado lá e as cinzas serão trazidas pra Santarém...
Postar um comentário