Do Blog do Colares
O programa "Argumento", apresentado por Mauro Bonna, na RBA, entrevistou ontem parlamentares a favor e contra Carajás e Tapajós.O primeiro a ser entrevistado foi Lira Maia (na foto). O deputado por Santarém saiu-se muito bem. Discurso consequente, números na ponta da língua. Conseguiu ser claro, elegante e conciso. Demonstra claramente o preparo de um veterano. A estratégia de Carajás e Tapajós de dar destaque aos políticos paraenses está se mostrando cada vez mais correta.
A simples presença de Lira Maia engessa o discurso rasteiro contra os "forasteiros". Neutralizado isso, restou a ele provar que a Região Metropolitana de Belém concentra 54% do Produto Interno Bruto (PIB) do Pará e que os ganhos decorrentes da nova repartição dos recursos federais beneficiará o Novo Pará.
Marcou um belo tento ao afirmar que a criação dos novos estados possibilitará construirmos o maior plano de desenvolvimento regional de todos os tempos no Norte do Brasil e saiu rapidamente da armadilha armada por Bonna sobre a questão do "tamanho" dos novos Estados. Frisou que está discussão não é central. Além disso lembrou que 74% da área do Tapajós é destinada à proteção ambiental ou terra indígena, assim os três estados terão territórios equivalentes.
Se o que preocupa os belenenses é o "tamanho", Lira mostrou que não há razão para tanto complexo de inferioridade.
3 comentários:
Não assisti ao debate, por isso não me arrisco a qualquer crítica. Mas não quero perder a oportunidade de destacar três pontos que normalmente estão presentes nas discussões:
1º - a divisão é um processo irreversível, seja a médio ou longo prazo - não pela pobreza, nem pela riqueza, inerente a todos não só ao Pará;
2º - o (des)governo que se implantou neste Estado alimentando tantos corruptos e corruptores que, diga-se, não é exclusividade do Pará;
3º - o abandono em que se encontram as regiões separatistas, isso é uma verdade.
A partir dessas premissas não entendo porque os divisionistas não mencionam a reformulação do modelo de gestão do Estado, que, a meu ver, essa sim é o grande gargalo do governo - a descentralização. Um Estado nas dimensões do Pará, adotar um governo tão centralizado é abandonar as regiões longínquas a sua própria sorte.
Se a bandidagem vai continuar, se a corrupção não dá sinais de recuo, se violência estará presente? Por que dividir, em vez de tornar um Estado administrável pela reformulação da estrutura de gestão.
Fazendo uma metáfora com as palavras do Evangélho, quando Cristo alimentou uma multidão com poucos pães e peixes: Ele primeiro multiplicou, depois dividiu... Os divisionistas deveriam aprender esta lição, primeiro, penso eu, criar a infraestrutura de estado, depois, sim dividir.
Mas, ao que parece, os divisionista estão querendo mamar mais, porque com a divisão a sangria será mais vigorosa para os que estão/continuarão no poder, enquanto o povo, este sim, continuará sofrendo.
Em Belém taxis, órgãos públicos, escolas e faculdades públicas e particulares (dentro das salas, inclusive) estão todas adesivadas com o NÃO. Praticamente todos os ônibus têm um adesivo na entrada, no para-brisas ou no interior. Esse tipo de manifestação é proibida pela legislação eleitoral, porém não há qualquer vontade de fiscalizar, o MP eleitoral se faz de cego e os responsáveis pelos comitês do SIM também nada fazem. Maia e Queiroz precisa saber que, se de um lado a improvável vitória do sim pode torná-los heróis, o fracasso pode arruinar suas carreiras políticas. Mãos à obra!
DIA 11 DE NOVEMBRO COMEÇA PROPAGANDA NA TV E NO RÁDIO PARA EMANCIPAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS.
NOVO PARÁ - SORTEIO DEFINIRÁ PROPAGANDA
O Tribunal Regional Eleitoral do Pará – TRE-PA realiza nesta quarta-feira (19), às 9h, no plenário Antônio koury, edifício-sede, o sorteio para a escolha da ordem de veiculação da propaganda eleitoral gratuita do Plebiscito, que irá acontecer no dia 11 de dezembro.
Participam do sorteio os representantes das frentes plebiscitárias contra e a favor da divisão do Pará e das emissoras de rádio e televisão do Estado.
No período de 11 de novembro a 07 de dezembro, começa a ser veiculada a propaganda plebiscitária gratuita no rádio e na televisão, a ser transmitida apenas para o Estado do Pará, conforme determinado pelos artigos 29 e 31 da resolução do TSE nº 23.354/2011.
A propaganda será feita em blocos, das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10, no rádio, e das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40, na televisão, sempre às segundas, terças, quartas e sextas e aos sábados, conforme o horário de Brasília.
(As informações são do TRE)
SIM AO DESENVOLVIMENTO
SIM AO NOVO PARÁ
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